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Com 827 escolas públicas, DF tem, em média, 3 vigilantes para cada unidade

Diretores reclamam de falta de cobertura e segurança nas unidades. Nesta segunda (24/4), TCDF iniciou vistoria nas escolas

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Três alunos sentados na calçada observando a porta da escola. Cor verde do muro da escola predomina na foto
1 de 1 Três alunos sentados na calçada observando a porta da escola. Cor verde do muro da escola predomina na foto - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Distrito Federal conta com 827 escolas públicas ativas entre instituições de ensino infantil, fundamental e médio. Segundo a Secretaria de Educação, para cuidar da segurança local dessas áreas, a rede pública tem 3.221 vigilantes. Em média, três profissionais para cada escola.

Das mais de 800 unidades, 396 oferecem o ensino infantil, 520 ensino fundamental e 98 o médio. Walter da Silveira,  diretor da Escola Classe 13, de Sobradinho, comenta que o colégio conta com apenas um vigilante — que já devia estar aposentando, mas adiou o benefício para ajudar a escola.

“Só temos um segurança patrimonial, que é responsável pela escola. Já o vigia, está na idade para aposentar, mas ele está ficando um pouquinho mais, para ajudar”, diz.

Walter afirma que já chegou a solicitar um novo vigilante para a escola, mas, até o momento, não obteve resposta. “Semana passada tivemos momentos tensos em relação à segurança aqui na escola. Foi muito difícil, só com um vigilante, manter toda a segurança. Tivemos policiais rondando, mas, mesmo assim, não foi suficiente”, completa.

Walter atua como diretor da unidade há quatro anos, mas trabalha na unidade há 13. “Acredito que em todas as escolas de Sobradinho seja o mesmo nível [de segurança]”.

Escala insuficiente

A falta de vigias também é uma reclamação de Fátima Eirado, diretora da Caic Júlia Kubitschek, em Sobradinho II. Segundo ela, já foi necessário utilizar funcionárias de outras áreas da escola para fazer a segurança.
“Temos quatro vigilantes, sendo que trabalham dois por dia, um a cada turno. Temos quatro saídas para apenas um vigilante cobrir todas a cada turno. Precisamos de mais postos”, diz.
“Acaba que tenho que realocar meus servidores que não têm experiência nenhuma para fazer a segurança para essas áreas”, relata Fátima.
Segundo ela, a unidade tem uma área de cerca de 8,5 mil m². “Pedimos para a secretaria [de Educação] para que dobre o número de postos”, completa a diretora.

Procurada, a pasta afirmou que existe um processo de implantação de vigilantes, de acordo com a necessidade de cada Coordenação Regional de Ensino.

“Vale ressaltar que a pasta estuda a implantação de novos postos terceirizados em escolas, no que tange a prestação de serviço de vigilância”, completou a pasta.

Fiscalização

Nessa segunda-feira (24/4), o Tribunal de Contas do DF (TCDF) iniciou uma série de vistorias nas escolas da capital federal. No total, serão 30 unidades fiscalizadas ao longo de três dias.
Os auditores vão verificar questões de infraestrutura, segurança, combate e prevenção de incêndios, além da limpeza e conservação dos estabelecimentos de ensino.
A ação faz parte da Operação Educação, uma fiscalização simultânea dos Tribunais de Contas em mais de mil escolas públicas de todo o país. As informações resultantes das análises presenciais serão inseridas em um sistema de consolidação automática de dados. Em seguida, serão gerados dois tipos de relatórios: um nacional e outro por unidade da Federação.

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