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Com 1 milhão de inadimplentes, DF ganha, por hora, 9 endividados

O valor médio das dívidas não pagas pelos consumidores no DF é de aproximadamente R$ 6,2 mil, perto de 5 salários mínimos

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1 de 1 Carteira - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto / Metrópoles

O número de consumidores inadimplentes continua a crescer no Distrito Federal. Segundo a Serasa Experian, o total saltou de 1.139.865 para 1.173.394 entre janeiro e maio de 2022. Neste corte, 33.529 cidadãos engrossam as fileiras locais da inadimplência. Ou seja, a cada hora, 9 pessoas passaram a não dar conta de pagar as próprias contas.

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Segundo Montalvão, a inflação acelerada dificulta o pagamento das dívidas
Para o empresário, a solução para a crise depende do aumento do salário mínimo e da redução de impostos e juros para os empreendedores
No DF, a cada hora, 9 pessoas deixam de pagar as dívidas. Montalvão luta para não entrar nessa estatística
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O empresário Lorival trabalha para quitar uma dívida total de R$ 30 mil. No DF, mais 1 milhões de pessoas estão inadinplentes

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Segundo Montalvão, a inflação acelerada dificulta o pagamento das dívidas

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Para o empresário, a solução para a crise depende do aumento do salário mínimo e da redução de impostos e juros para os empreendedores

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No DF, a cada hora, 9 pessoas deixam de pagar as dívidas. Montalvão luta para não entrar nessa estatística

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De acordo com a Serasa, em janeiro deste ano, o valor médio da inadimplência era de R$ 5.940,57. Ao final de maio, cresceu para R$ 6.276,46. A quantia não paga representa uma soma próxima de 5 salários mínimos. Atualmente, a remuneração mínima é de R$ 1.212 no país.

Em janeiro deste ano, 48,04% da população do DF estava inadimplente. Em maio, o percentual avançou para 49,16%. A média nacional, atualmente, é de 41,25%. Na Região Centro-Oeste – em Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul – os índices de inadimplência são de 40,36%, 47,68% e 45,27%, respectivamente.

No começo de 2022, a soma da inadimplência no DF atingiu R$ 6,7 bilhões. Em maio, subiu para R$ 7,3 bilhões. Destrinchando o problema em todo Brasil, 28,18% têm origem em transações bancárias e cartões. Na sequência, 22,74% foram contraídas por contas de luz, água e gás. Enquanto, 12,50% partiram de compras não pagas no varejo.

Inflação

Segundo o porta-voz e economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o agravamento da inadimplência é reflexo direto da inflação, no DF e no Brasil. “Foi justamente quando a inflação passou de 10%, por volta de setembro do ano passado, que a inadimplência começou a subir”, afirmou.

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A inflação continua alta, atingido em cheio o bolso e corroendo o poder de compra do consumidor. Via de regra, a maioria dos brasileiros possui algum tipo de dívida, como exemplo o financiamento de um imóvel ou de uma fatura de cartão de crédito. A inadimplência ocorre quando a conta vence e não é paga.

“No DF, o inadimplente deve para quase 5 credores diferentes. O valor médio da dívida de um inadimplente no DF é de quase R$ 6,2 mil”, contou. Segundo o economista, é muito difícil para consumidor conseguir sanar todas as dívidas em uma tacada só. “O que a gente recomenda é a renegociação”, assinalou.

A Serasa firmou uma parceria com aproximadamente 25 empresas credoras para a oferta de condições diferenciadas de renegociação de dívidas. Até o final deste mês agosto, inadimplentes poderão ter acesso a descontos e parcelamentos sem juros, em até 24 meses, conforme o credor. Interessados podem acessar o link.

Flexibilidade

Rabi aconselha aos inadimplentes a trocarem, sempre que possível, dívidas mais caras por mais baratas. “Você tem uma dívida de cartão? Troque por um empréstimo pessoal, que é mais barato”, contou. Além disso, o consumidor precisa desenvolver autocontrole. Afinal com a renegociação, será preciso reservar dinheiro para pagar as novas prestações.

“Durante esse período, o consumidor vai ter que cortar algumas despesas para não furar a renegociação”, ressaltou.

Trabalho

O empresário Lorival Montalvão da Silva, de 44 anos, tem uma dívida de, aproximadamente, R$ 30 mil. Desse total, R$ 8 mil são referente a contas pessoais. O restante são de dívidas da micro empresa dele. Todos dias, o empreendedor acorda cedo para trabalhar e poder honrar os compromissos.

“É conta, banco, cartão, prestação de carro e casa”, pontuou o comerciante. Apesar do tamanho da dívida, o comerciante acredita no trabalho para quitar os débitos. “Se a pessoa levantar cedo e trabalhar, consegue pagar. Mas se não fizer isso e correr atrás dos seus objetivos, fica difícil”, comentou.

Segundo o Lorival, os preços dos produtos em geral estão muito altos. “Você vai em atacadão desses e está tudo muito caro, principalmente leite. A gasolina também está cara”, destacou. No final do mês passado, o Metrópoles noticiou que o leite não sai por menos de R$ 6,50 no Distrito Federal.

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