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“Só se comer 1kg”, diz PM sobre relação entre bafômetro e pão de forma

Na simulação, foram testados duas marcas de pão de forma, mel de própolis, bombom de licor e enxaguante bucal

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Foto colorida e ilustrativa de pão de forma integral - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida e ilustrativa de pão de forma integral - Metrópoles - Foto: Tetra Images/Getty Images

Aproveitando a polêmica envolvendo o consumo de determinados alimentos e o teste do bafômetro, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) realizou, na tarde desta segunda-feira (22/7), uma simulação, testando duas marcas de pão de forma, mel de própolis, bombom de licor e enxaguante bucal. Confirmou-se que os produtos tem efeito mesmo na prova de alcoolemia, porém, o tempo entre a ingestão e o teste afeta diretamente no resultado.

Wanderson Roldão, major da PMDF, explica a quantidade de pão ingerido teria de ser muito alta para acusar no bafômetro. “A pessoa que é pega no bafômetro por ter ingerido pão de forma, ela tem que acabar de consumir o alimento e logo em seguida fazer o teste, ou ter comido 1kg de pão”, disse.

Roldão explicou que o aparelho que mede o álcool avalia a partir do ar do pulmão e não da mucosa bucal do condutor, portanto, o álcool presente em um pão de forma ou em um bombom de licor se dissipa rapidamente após minutos e não interfere no teste.

“O policial que fizer a abordagem deve entender o contexto em que o motorista esteja inserido e deve perceber se está em condições para dirigir o veículo. Após isso, é feito o teste comprobatório caso o motorista aceite realizá-lo”, afirmou.

Caso o teste dê positivo e o condutor alegar não ter ingerido álcool – mas ainda sim indicar alguma quantidade de álcool no bafômetro – um reteste pode ser feito, após cinco minutos ou mais. “O certo seria o condutor informar à autoridade qual o alimento que ele consumiu, mas, caso dê positivo e o motorista confirme que não consumiu bebida alcoólica, o recomendado é o policial aguardar entre cinco ou mais minutos para que as partículas de álcool se dissipem da mucosa bucal do condutor”, explicou o major.

Veja:

Apesar da possibilidade, o reteste não é previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Mas, caso o policial perceba que algum alimento possa ter prejudicado a mucosa bucal do condutor, o reteste será realizado.

Durante uma nova simulação, agora com o mel de própolis, que é usado para dor de garganta, uma voluntária utilizou o produto que indicou um alto teor etílico, com 0,87 miligramas de álcool por litro de ar alveolar expirado (mg/L). Após um minuto, um novo teste foi feito e indicou uma redução significativa no valor de 0,16 mg/L.

Como é indicado, uma terceira tentativa foi feita após 5 minutos e o bafômetro indicou 0 mg/L. O major explicou que, em casos como esse, o condutor é liberado normalmente após o teste.

A pessoa que dirige alcoolizada pode receber uma multa de R$ 3 mil e suspensão da carteira de motorista por 12 meses.

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