Colecionadores guardam moedas do tempo de Dom Pedro. Veja fotos
A 12ª edição do Encontro Nacional de Colecionadores de Brasília expôs peças com mais de 250 anos
atualizado
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Brasília voltou no tempo por algumas horas na sexta-feira (5/11). Isso porque a cidade está sediando um dos maiores eventos do Brasil para colecionadores de cédulas, moedas, selos e vários outros objetos históricos nacionais e internacionais. Na ocasião, foi possível encontrar moedas do período imperial, bem como cédulas utilizadas durante a Primeira e Segunda Guerra Mundial.
Para Irlei Neves, expositor no Encontro Nacional de Colecionadores, o evento ajuda a contar a história do Brasil e de outros países através do dinheiro. “Aqui você encontra desde a primeira moeda trazida de Portugal para o Brasil até as primeiras cédulas do plano cruzeiro, cruzado e, por fim, o real. Há muita coisa rara. Coisas que muitas pessoas só veem em livros”, conta o homem que saiu de Minas Gerais para participar do evento em Brasília.
Veja fotos de moedas raríssimas:
Ao Metrópoles, Fábio Noronha, um colecionador que foi prestigiar o evento, revelou já ter desembolsado R$ 90 mil em uma única coleção de moedas antigas. “Me apaixonei pelo colecionismo à primeira vista. Hoje, venho buscar um modelo cheio de histórias para completar a minha coleção. Aqui tem muitas moedas interessantes. Estou animado”, revela Noronha
Quem compareceu ao primeiro dia do encontro pôde conferir moedas de diferentes períodos da história do Brasil e da humanidade. Algumas delas, inclusive, chegam a valer o equivalente a R$ 500 mil.
“Além da curiosidade quanto aos modelos, é possível aprender bastante com o conhecimento dos expositores e comerciantes. Já imaginou ter em mãos uma moeda de 200 ou 300 anos? Ou parou para pensar por quantas mãos elas passaram até estarem aqui hoje? Esse evento promove um conhecimento enriquecedor a todos que participam”, afirmou a comerciante de moedas históricas estrangeiras, Adriana Santos.
Segundo Gilberto Cavalini, organizador do evento, há peças com mais de 250 anos e de todas as partes do planeta. “Se você tem um bom material em casa, mas não sabe quanto vale, compareça porque ele pode estar valendo alguma coisa. Quem possui uma coleção, pode vir buscar uma peça rara ou uma peça que ainda não tenha, pois aqui você encontrará”, afirmou Gilberto.
Cerca de 45 expositores e comerciantes de diversas partes do país compareceram ao primeiro dia do encontro para vender, comprar e exibir coleções. Junto com os selos, moedas e cédulas expostas também podem ser encontradas coleções de cartões postais, carrinhos, canetas, entre outros .
A 12ª edição do Encontro Nacional de Colecionadores de Brasília começou na sexta-feira (5/11) e terminou nesse sábado(6/11) no hotel Grand Mercure, no Setor Hoteleiro Norte.
De acordo com Cavalini, a primeira manhã do evento foi movimentada, principalmente depois do lançamento do novo Catálogo de Moedas de 2022 que custa R$110 e serve como base para fixar os valores das vendas dos artigos.
25 anos da Loja do Colecionador
O evento é promovido em comemoração aos 25 anos de história da Loja do Colecionador e com o objetivo de servir como ponte entre colecionadores e comerciantes do país.
“O encontro também é importante, pois em dezembro, meu pai, Gilberto Bailão, completa 80 anos. A paixão dele pelo assunto também nos motivou a querer trabalhar com o colecionismo. O evento marca um ciclo importante, e será a primeira vez que o organizaremos do nosso jeito. A expectativa é alta”, conclui Gilberto Cavalini.
A loja do Colecionador surgiu de uma paixão do Gilberto Bailão, servidor público, natural de Itaberaí-GO, que se mudou para Brasília em 1973 e colecionava moedas e cédulas. Em 1996, realizou o seu sonho fundando sua empresa com sede no Brasília Rádio Center (antiga casa da banha). Desde então, vem trabalhando para difundir a cultura numismática e filatélica entre jovens, adultos e, principalmente, com seus filhos, que atualmente estão na Gestão e Sociedade da Empresa, Gilberto e Marina Cavalini.
Para o Senhor Gilberto Bailão a homenagem o deixa lisonjeado. “Ter o meu filho continuando o meu trabalho é muito gratificante. Eventos como esse são importante para fazer com que adultos e crianças conheçam a história do mundo todo através do colecionismo. Isso é cultura e é importante. Me sinto muito satisfeito”, afirma Bailão.