Codhab faz pré-cadastro de sem-teto
Invasores instalados no Clube Primavera também contam com segurança reforçada para evitar tumulto com moradores da região
atualizado
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Uma equipe da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab) iniciou a identificação e o pré-cadastramento de integrantes do Movimento de Resistência Popular (MRP) que estão acampados, desde domingo (20), no Clube Primavera, em Taguatinga, na QSC 17. Enquanto a situação das famílias não é definitivamente resolvida, além do patrulhamento habitual, a segurança será reforçada com a presença de policiais militares durante 24 horas.
Depois de identificar todos os integrantes do movimento, a Codhab iniciará o agendamento para que sejam atendidos pela companhia. Eles deverão levar os documentos necessários para que se verifique se estão aptos ou não a participar do Morar Bem, programa habitacional do Executivo local vinculado ao Minha Casa, Minha Vida, do governo federal.
No fim da tarde desta quarta-feira (23), o subsecretário de Movimentos Sociais e Participação Popular, da Secretaria de Relações Institucionais e Sociais, Acilino José Ribeiro de Almeida, recebeu no Palácio do Buriti uma comissão de moradores de Taguatinga. Ele informou que solicitará imagens das câmeras de segurança da área para reconhecer possíveis tumultos. Durante o encontro, a comitiva se comprometeu a não fazer novos protestos até sexta-feira (25), quando haverá nova reunião. Até lá, o governo espera definir que outras medidas tomará em relação à ocupação do clube.
O reforço no policiamento foi providenciado pelo governo depois que um grupo de moradores protestou contra supostos vandalismos dos ocupantes do clube. Segundo a Polícia Militar, até a tarde desta quarta-feira, nenhuma ocorrência criminal havia sido registrada.
Histórico
Os integrantes do MRP, dissidência do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), foram encaminhados pelo governo, temporariamente, ao Clube Primavera, área pertencente à Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap). A ideia é que eles permaneçam ali até a escolha de um local definitivo para atender aqueles que tiverem direito ao Morar Bem.
Antes de ser transferidas, as famílias ocupavam o St. Peter Hotel, no Setor Hoteleiro Sul, desde a madrugada do dia 14. Elas deixaram o lugar em cumprimento a um mandado de reintegração de posse da propriedade expedido pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.
