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Cobra que picou estudante de veterinária não tem registro no DF, diz Zoo

Espécie Naja kaouthia é comumente encontrada na Ásia. Investigação precisa ser feita para saber como o animal chegou ao DF

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Arquivo Pessoal
Estudante de veterinário picado por cobra naja no DF
1 de 1 Estudante de veterinário picado por cobra naja no DF - Foto: Arquivo Pessoal

A Fundação Jardim Zoológico de Brasília informou, nesta quarta-feira (8/7), que não há registro de entrada de cobra da espécie Naja kaouthia no Distrito Federal. Segundo a instituição, é necessária uma investigação para saber como o animal, comumente encontrado na Ásia, veio parar no Brasil e picou o estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, 22 anos. O rapaz está internado, em estado grave.

De acordo com o biólogo e diretor de répteis, anfíbios e artrópodes do Zoológico de Brasília, Carlos Eduardo Nóbrega, a cobra é vista principalmente na Tailândia, local onde há vários registros de incidentes.

De acordo com o gestor, a Naja é o tipo de animal que ataca apenas quando se sente ameaçado. “Com certeza esse incidente foi uma resposta de defesa, até porque a cobra não tem capacidade física de engolir um ser humano. Normalmente, ela levanta e abre o capelo. Caso o espaço dela continue invadido, a serpente ataca”, explica.

O veneno, diz Carlos, é altamente nocivo e pode ser comparado ao de uma coral verdadeira. “Dependendo da inoculação do veneno, é possível causar a morte em até uma hora. Geralmente, ele age no sistema nervoso central e cada pessoa reage de uma forma”, destaca.

O que preocupa o biólogo é o tempo que Pedro está aguardando o soro antiofídico. “O indicado é receber o tratamento específico em até duas horas. Como a cobra não é encontrada no Brasil, os estoques para esse tipo são realmente bem pequenos”, comenta.

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Em 2020, o estudante de veterinária Pedro Henrique Lehmkul foi picado por uma naja criada por ele no DF
Ela costuma viver em regiões da África e da Ásia
No Brasil, não há Najas, logo, o soro que combate o veneno desse tipo de serpente é raro
Após as primeiras buscas, a Naja não foi encontrada
A Naja é uma das cobras mais venenosas do mundo
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Pedro é estudante de medicina veterinária

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Em 2020, o estudante de veterinária Pedro Henrique Lehmkul foi picado por uma naja criada por ele no DF

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Ela costuma viver em regiões da África e da Ásia

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No Brasil, não há Najas, logo, o soro que combate o veneno desse tipo de serpente é raro

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Após as primeiras buscas, a Naja não foi encontrada

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A Naja é uma das cobras mais venenosas do mundo

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O caso

O jovem estudante de veterinária Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul está em coma induzido após ser picado por uma cobra Naja. O incidente com o animal exótico ocorreu nessa terça-feira (7/7), no Gama. A família aguarda resultados de um tratamento feito com soro vindo do Instituto Butantan, de São Paulo. O medicamento chegou a Brasília na noite de terça-feira. O universitário está em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Maria Auxiliadora.

De acordo com informações dos familiares, o estudante teve reação negativa ao soro e o procedimento ficou suspenso até que o paciente volte a ficar estável.

O Metrópoles apurou que Pedro foi levado ao hospital pelos pais. Ele apresentava palidez, tontura e dormência nos membros inferiores, sintoma que evoluiu e atingiu os membros superiores.

O universitário também estava com a visão turva. Especialistas do Instituto Butantan estão em contato direto com a equipe médica que cuida do caso.

O soro enviado pelo Instituto Butantan era o único guardado no estoque da entidade. O medicamento é de difícil exportação e, com a pandemia, ficou ainda mais complicado.

Pedro Henrique está com insuficiência respiratória e, por isso, foi submetido à intubação. O quadro é considerado grave. Ele está com ventilação mecânica e sonda. Os médicos devem voltar a aplicar o soro ainda nesta quarta-feira (8/7).

UnB

Por meio de nota, a Universidade de Brasília (UnB) disse que Pedro Henrique não é estudante da instituição. “O rapaz faz estágio na área de animais silvestres da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, mas o incidente não ocorreu na UnB (nem no local onde ele atua nem em outra área da Universidade). O animal não pertence à UnB”.

“De todo modo, a UnB manifesta solidariedade ao jovem e a seus familiares e deseja sua pronta recuperação. Também aproveita para ressaltar a importância da cautela no trato com animais, em qualquer situação”, dizia a nota.

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