Chuva forte atinge o DF nesta quarta: há alerta de temporais
Inmet divulgou risco potencial até sexta-feira. Precipitações virão acompanhadas de ventos intensos, que podem atingir 80 km/h
atualizado
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A chuva forte atingiu várias cidades do Distrito Federal e Entorno no início da noite desta quarta-feira (20/11/2019). Além de alagamentos e atoleiros, algumas localidades registraram ventania.
O trânsito ficou complicado na chegada a Águas Claras antes das 17h; no mesmo horário, a iluminação pública em todo o DF começou a ser acesa. Em Samambaia, houve problemas com a rede de esgoto, devido a enxurradas. Parte do muro de uma escola da cidade cedeu com a força das águas. Em Santa Maria, choveu até granizo.
A volta para casa piorou com os engarrafamentos provocados pelas chuvas. Quem escolheu o transporte público para retornar também não conseguiu escapar dos problemas. Algumas estações da Companhia do Metropolitano (Metrô-DF), por exemplo, não suportaram o grande volume d’água e registraram alagamentos.
Confira imagens da chuva pelo DF nesta tarde:
No início da noite, a Subsecretaria do Sistema de Defesa Civil, da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), emitiu alerta de chuvas fortes – com raios e ventos – via SMS à população cadastrada em seu sistema. Conforme divulgado pelo órgão, as rajadas de vento podem superar 80 km/h, e a previsão é de que o mau tempo permaneça até a próxima semana.
De acordo com o subsecretário de Defesa Civil, coronel Sérgio Bezerra, é importante seguir as orientações para esta época. “É recomendável muita calma nesse momento de chuva forte. O cuidado deve ser redobrado com crianças e idosos. No trânsito, deve-se ter muita atenção, pois há possibilidade de alagamentos em várias áreas da cidade”, afirmou.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) também emitiu alerta para perigo potencial de chuvas intensas: há risco de ventania e temporal desde terça (19/11/2019) e até sexta-feira (22/11/2019). Os especialistas calculam que chova em torno de 20 a 30 mm/h por dia, no período, podendo chegar a 50 mm/h. Contudo, para o instituto, as precipitações virão acompanhadas de ventos intensos de até 60 km/h (um pouco mais brandos do que os previstos pela Defesa Civil). Há risco de queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas, segundo o Inmet.
O órgão pede que, em caso de ventania, os brasilienses não se abriguem embaixo de árvores nem estacionem veículos próximo a “torres de transmissão e placas de propaganda”. Em caso de trovoadas, o instituto recomenda que se evite “usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada”.
Neblina
Na manhã dessa terça-feira, muitos brasilienses notaram um ar mais opaco, caracterizando a famosa neblina – também chamada de névoa úmida. Se há muita umidade na atmosfera, ocorre o fenômeno, pois as gotículas de água ficam suspensas no ar.
Veja imagens:
De acordo com o meteorologista Olívio Bahia, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), é como se a própria nuvem estivesse mais baixa. “Se o sol saísse naquele momento, por exemplo, essa névoa se dissiparia. Mas como o tempo está fechado, isso não acontece”, explica. Segundo Olívio, acima de 30 metros de altura, essa formação é considerada nuvem. Já abaixo dessa medida, pode ser chamada de neblina.
Mas e o nevoeiro? Depende mais da visibilidade de cada ponto. Se a pessoa não conseguir ver a menos de 1 km de distância, podemos chamar de nevoeiro. Se for além disso e é possível, por exemplo, enxergar uma torre que se sabe distante, ficamos com a denominação de neblina mesmo. Em um aeroporto, por exemplo, a visibilidade é relativamente boa com 9 milhas (cerca de 10 km).
Recomendações
Além do alerta, a Defesa Civil fez uma série de recomendações para a população seguir em caso de temporais. Abaixo, as principais dicas.
Se estiver na rua:
– Não segurar objetos metálicos longos, como varas de pesca e tripés;
– Não empinar pipas ou aeromodelos com fio;
– Não andar a cavalo;
– Não permanecer na água;
– Evitar lugares que ofereçam pouca ou nenhuma proteção contra raios, como pequenas construções não protegidas (celeiros, tendas ou barracos) e veículos sem capota, como tratores, motocicletas ou bicicletas;
– Não permanecer em áreas abertas, como campos de futebol, quadras de tênis e estacionamentos;
– Não permanecer no alto de morros ou no topo de prédios;
– Não se aproximar de cercas de arame, varais metálicos, linhas elétricas aéreas e trilhos;
– Nunca se abrigue debaixo de árvores isoladas.
Piscinas:
– Durante as chuvas, a orientação é não entrar em piscinas ou lagos, por causa do risco de raios e descargas elétricas. Em rios e cachoeiras, o problema é agravado pela possibilidade de tromba-d’água.
– No caso de inundações, se começar a entrar água dentro de casa, a orientação é desligar o disjuntor para evitar o risco de eletrocussão. O religamento da rede só deve ocorrer depois que ela for revisada, para que não haja colapso no sistema.
Veículos:
– Em carros, a dica é não passar por locais alagados. “Se o condutor não conseguir ver o meio-fio, que tem em torno de 25 centímetros de altura, o ideal é mudar de rota para não perder o veículo e nem arriscar a própria vida”, orienta Bezerra. Ele acrescenta que, no caso de alagamento inevitável, a pessoa deve sair do carro imediatamente.
Emergências
Em situações de emergência, o primeiro órgão a ser acionado é o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, pelo 193. A Defesa Civil é chamada pelos bombeiros quando há ameaça iminente de desabamento de estruturas.
O canal direto com a Defesa Civil, para esclarecimento de dúvidas ou solicitações, é o 199 ou pelos telefones (61) 3362-1906 e (61) 3362-1909.