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Clientes tentam reembolso de academia que vai fechar e está sem luz

O empresário admitiu que tem recebido muitas reclamações, mas que está conversando com cada aluno

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Em vez de melhorar a saúde e o bem-estar, uma academia da 109 Sul tem causado dor de cabeça aos clientes. Há 16 dias, a Flex Fit funciona em horário reduzido, com equipamentos estragados e cancelou aulas de dança e outras modalidades aeróbicas. Mesmo com os problemas, os alunos enfrentam dificuldades para reaver o dinheiro e denunciam que o estabelecimento continua a vender novos pacotes.

“Paguei cerca de R$ 600 em dois planos. O meu vai até outubro e, o do meu marido, até dezembro. Fui fazer aula de dança e descobri que foi encerrada. Não me avisaram nem sabem dizer quando a situação vai ser normalizada. Eu me senti lesada e desrespeitada”, reclamou a professora Adriany do Carmo Rezende, aluna da academia há dois anos.

Adriany denunciou que, mesmo sem energia e com a incerteza da empresa, duas funcionárias ainda fechavam novos planos. “Cheguei lá na sexta (3) para tentar resolver o problema e vi elas vendendo pacotes. O que é um absurdo porque nem todos os aparelhos estão funcionando”, ressaltou. “Fica ruim pra gente. Acabei indicando uma amiga para fazer a aula. Ela pagou tudo antecipado e agora não consegue reaver o dinheiro”, completou.

A gerente de projetos de 40 anos, Amanda Posenatto fechou o plano semestral em março. Há 15 dias, ela foi para aula de pilates e se deparou com a academia sem energia. Mesmo com condições limitadas, a professora deu aula. No entanto, no dia seguinte, Amanda notou que além do apagão, alguns aparelhos estavam quebrados, sem manutenção, o chão estava sujo e os equipamentos usados nos exercícios não tinham sido higienizados. “Depois de uma semana voltei, escrevi uma carta e pedi o cancelamento do contrato. Dei uma semana para me devolverem seis cheques”, disse.

Ela disse que, ao fim do prazo, foi até o local. Uma nova recepcionista informou que não sabia onde os cheques estavam e pediu para ela voltar outro dia. “O problema não é a academia paralisar as atividades para passar o negócio para um novo dono. É a falta de transparência e respeito com os clientes. Eles estão falindo e ninguém fala nada. Pior, continuam fechando planos”, desabafou. Após ameaçar processar e chamar a polícia, na terça (7), um dos donos devolveu o dinheiro.

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Leonardo de Jesus, um dos três sócios da Flex Fit, informou que a academia está passando por uma mudança de gestão. “Estamos em fase de negociação. Reembolsamos os clientes que nos procuram. Os dias que ficamos sem energia serão descontados dos valores a serem pagos”, defendeu. Com relação aos novos planos, Leonardo disse que desconhece o caso e que os funcionários não foram autorizados a fechar pacotes.

Apesar do proprietário afirmar que houve um problema no disjuntor, quando o Metrópoles visitou o local na terça (7), funcionários falaram que a falta de energia atingiu todo o prédio. No entanto, quando os comerciantes do andar de baixo, onde funciona um pet shop, foram questionados, afirmaram que o fornecimento de energia estava estável e sem interrupções.

O empresário admitiu que tem recebido muitas reclamações, mas que está conversando com cada aluno pessoalmente ou por telefone. “Quem quiser permanecer na academia com os novos donos terá uma bonificação de 16 dias. Isso já foi acertado”, ressaltou. Sobre as aulas de dança, ele disse que está no contrato que as atividades podem ser interrompidas a qualquer momento.

Para o diretor do Instituto Brasileiro de Politica e Direito do Consumidor, Marlus Riani, a academia precisa fornecer todas as informações sobre os serviços antes, durante e depois do contrato. “Nesse caso, o cliente é lesado porque ele não tem acesso a todos os serviços que contratou. Se o dinheiro não for devolvido, é indicado que o consumidor entre com uma ação no Juizado Especial”, explicou. Riani disse ainda que os moradores podem sustar os cheques ou cancelar o pagamento das parcelas no cartão.

“Eles podem entrar em contato com a agência bancária e explicar o que ocorreu”, aconselhou.  Sobre a nova academia que será montada no local, o especialista alertou para que os usuários cancelem o contrato com a antiga e assinem um outro documento com a empresa que assumirá os negócios. 

A academia entrou em contato com a reportagem e divulgou a seguinte nota de esclarecimento:

1 – A academia FlexFit não vai fechar. A academia nunca deixou de funcionar e de prestar esclarecimentos a alunos e funcionários. Os problemas ocorridos na transição para a nova gestão foram sanados e os alunos não serão prejudicados.

2 – Os alunos receberão crédito/extensão do período do plano os 16 dias em que a academia funcionou em horário reduzido.

3 – Todos os alunos que solicitaram reembolso foram ou estão sendo atendidos de acordo com as cláusulas do contrato de prestação de serviço que prevê o cancelamento do plano e devolução do pagamento em até 30 dias.

4 – Considera o título da matéria um equívoco pois foi elaborado a partir de fatos inexistentes. Primeiro porque a academia FlexFit não está em processo de falência e não fechará as portas. E em segundo lugar, porque os alunos estão sendo plenamente atendidos em seus pedidos de reembolso dentro do prazo previsto em contrato.

5 – A academia FlexFit reintera o respeito aos seus alunos com o cumprimento das cláusulas previstas nos contratos.

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