CLDF reforça pedido ao STF para que Anderson Torres fale na CPI
A previsão é que Torres preste depoimento nesta quinta-feira (9/3), mas a defesa de Torres solicitou que ele seja dispensado
atualizado
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do DF que investiga os atos antidemocráticos em Brasília voltou a pedir ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorize o depoimento do ex-secretário de segurança pública Anderson Torres, preso por suposta omissão no dia dos atentados, 8 de janeiro.
O pedido da CPI foi feito após a defesa de Torres solicitar que ele seja dispensado de comparecer e que, caso vá, que fique em silêncio. A CLDF lembrou a “relevância excepcional do caso” e a “urgência” do comparecimento do ex-secretário.
A CPI teve início na quinta-feira (2/3) com o depoimento de Fernando de Sousa Oliveira, ex-secretário executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP). Fernando, que era secretário em exercício da SSP-DF no dia da tentativa de golpe, afirmou que Anderson Torres saiu de férias sem deixar “nenhuma orientação específica” sobre os atos.
A previsão é que Torres preste depoimento nesta quinta-feira (9/3). No entanto, a defesa dele alegou que as investigações já estão “robustecidas largamente por depoimentos de outros investigados e por prova técnica”.
Pedido da CLDF
Em 28 de fevereiro, a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), por meio da Procuradoria-Geral da Casa, pediu ao STF a liberação de Anderson Torres para que seja ouvido pela CPI. A previsão era de que a oitiva do ex-secretário de Segurança Pública do DF na CPI fosse realizada na quinta-feira (9/3).
Torres está preso no âmbito da investigação sobre possível omissão durante invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro. O ex-secretário permanece nas instalações do Batalhão de Aviação Operacional, no 4º Batalhão de Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).
Torres estava viajando nos Estados Unidos no dia dos atos antidemocráticos. O ex-secretário foi preso em 14 de janeiro, logo que desembarcou no Brasil.