CLDF gasta mais para instalar menos mastros em praça cívica
Prevista para ter cinco hastes, praça contará apenas com quatro. Termo aditivo aumentou em R$ 4.160 o custo da obra, que também vai atrasar
atualizado
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A construção da Praça Cívica da Câmara Legislativa do DF vai demorar mais do que o previsto em edital, será mais cara e menor. O extrato do contrato para a realização da obra, publicado em março deste ano, previa o término da instalação de cinco mastros para hasteamento de bandeiras em 13 de maio. No entanto, foi realizado um termo aditivo que protelou a entrega do serviço em 30 dias – agora, o novo prazo é 13 de junho. Problemas técnicos e de infiltração ainda aumentaram o valor total em R$ 4.160, além dos R$ 110 mil já esperados.
Há ainda diferença da estrutura prevista em edital e no detalhamento do pregão eletrônico que teve como vencedora a empresa Construtora e Incorporadora Amorim Ltda. O documento antecipa “a execução de pátio para cerimônias cívicas, com fornecimento e instalação de cinco mastros externos para bandeiras, sendo um de 12 metros de altura e quatro de 10 metros”. Mas quem passa pela obra percebe a fundação apenas para quatro hastes.Embora a Casa tenha confirmado a mudança no projeto inicial, reduzindo o número de bandeiras a serem hasteadas na área, não justificou a situação. “Como observado, a CLDF instalará quatro mastros e arcará com o respectivo custo. O quinto mastro será objeto de glosa pela administração”, afirmou a comunicação da Câmara, por meio de nota.
Obra considerada de fácil e rápida execução, a praça tinha previsão de ser construída na Casa desde que foi inaugurada, em 2010. A intenção era ter os equipamentos para hastear bandeiras do Brasil, do Mercosul, do DF e da própria instituição, protocolo exigido por lei federal. O quinto suporte serviria para homenagear a presença de chefes de Estados estrangeiros ou eventos comemorativos, mas foi descartado.
O acordo para a obra só foi firmado oito anos após a inauguração do prédio, localizado no Setor de Indústrias Gráficas. O gasto se soma a tantos outros da sede da Câmara Legislativa, que custou R$ 120 milhões, três vezes mais que o valor orçado inicialmente: R$ 42 milhões.