CLDF cobra providências contra agressor de garoto de 14 anos no DF
Segundo a Comissão de Direitos Humanos da Casa, caso ocorrido no Núcleo Bandeirante precisa ter resposta efetiva do Estado
atualizado
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O espancamento brutal de um adolescente de 14 anos no Núcleo Bandeirante será acompanhado pela Comissão de Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).
O Metrópoles revelou as imagens da agressão bárbara. O menino foi agredido por Victor de Sales Batista, 27. O espancamento foi acompanhado por ameaças. O motivo do ataque teria sido um assobio.
Veja imagens da agressão:
Segundo o presidente da comissão, deputado distrital Fábio Felix (PSol), o Legislativo local vai cobrar providências sobre o caso.
“É absurda a brutalidade com que um adolescente foi atacado por seu vizinho. Na Comissão de Direitos Humanos, temos recebido com preocupação denúncias de violações a crianças e adolescentes do DF”, afirmou.
A 14ª Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante) investiga o caso. As agressões ocorreram na Vila Nova Divinéia no sábado (23/4).
“Este caso exige prioridade absoluta de responsabilização do agressor e de acompanhamento psicossocial do adolescente, pois precisamos dar um recado para a sociedade de que esse tipo de violência é intolerável. Estamos à disposição da família do adolescente para qualquer suporte que precisem, e vamos acionar os órgãos públicos pedindo prioridade nas investigações”, destacou Felix.
Espancamento
O agressor ser deve intimado para prestar depoimento nesta segunda-feira (25/4).
De acordo com vizinhos, Victor mora na Vila Nova Divinéia há pouco mais de 1 ano, com pai, irmã e madrasta. Eles não souberam informar a profissão dele. Disseram que a família é bastante discreta.
Segundo Eduardo Ribeiro Machado, 32, morador da região que recebeu o vídeo das agressões, não é a primeira vez que Victor se envolve em polêmicas na cidade. Há seis meses, um grupo de reeducandos do sistema socioeducativo limpava a calçada na rua, quando o homem passou de carro, de forma abrupta. Os reeducandos reclamaram, e o suspeito teria dado ré e os ameaçado. “Ele é um cara muito frio e agressivo”, disse o servidor público.
O adolescente espancado contou à polícia que, antes da sessão de chutes, o agressor se aproximou e perguntou: “E agora? Você vai correr? Você não disse que não sou seu pai?”. Em seguida, Victor lhe deu um soco no rosto. O garoto caiu no chão, Victor o xingou de “filho da puta”, “desgraçado” e afirmou: “Na próxima vez, vou é te matar”.
Imagens reveladas pelo Metrópoles mostram o momento em que o garoto está caído no chão de uma quadra de esportes enquanto Victor o chuta pelo menos cinco vezes.
O caso ocorreu na 3ª Avenida da Vila Nova Divinéia, no Núcleo Bandeirante, por volta das 16h30. A gravação tem apenas 12 segundos, mas as crianças que estavam na quadra esportiva afirmam que o homem agrediu o adolescente por cerca de 3 minutos.
A motivação para o espancamento, segundo os vizinhos, teve a ver com assobios que o jovem fazia para chamar a mãe na frente de casa.
Em depoimento, o adolescente disse ainda que Victor “sempre implicou muito” com ele. Segundo o jovem, o adulto disse, por diversas vezes, que “não ia com sua cara” e que o adolescente o “incomodava”.
O adolescente afirmou ainda que, após a violência física, Victor saiu da quadra “caminhando tranquilamente, zombando da situação”. A vítima foi encaminhada ao Instituto de Medicina Legal (IML) após prestar depoimento.
Veja como ficou o adolescente:
O Metrópoles conversou, na manhã desta segunda-feira (25/4), com a mãe do garoto, a diarista Francisca Ferreira do Nascimento, 45.
Muito abalada, Francisca comentou que ela e o filho estão sem dormir direito, com medo das ofensas e ameaças proferidas pelo agressor. Ela diz que espera que o vizinho, Victor de Sales Batista, seja preso.
“Eu quero Justiça. Se ele fez isso com o meu filho, ele pode fazer com outras crianças. Porque ele é um covarde“, pontuou.
Conhecida por Vera, a mãe conta que estava em casa na tarde de sábado (23/4), quando ouviu o agressor xingando o filho. “Meu menino estava brincando com dois colegas e ele estava ameaçando o meu menino. Disse que ia matar ele. Pedi para o meu filho entrar para dentro de casa, mas ele saiu para brincar na quadra”, disse a mãe.
Veja o desabafo da mãe:
Assim que ficaram sabendo do ocorrido, vizinhos de Victor cercaram a casa do suspeito, ainda na tarde de sábado (23/4). O grupo tinha a intenção de questionar pessoalmente os ataques brutais ao garoto.
O momento em que moradores vão até a casa de Victor foi filmado. Nas imagens, é possível ver o grupo de homens em frente à residência, perguntando aos familiares onde ele estava. Acuados, o pai e a irmã de Victor ficaram o tempo todo na parte de dentro da casa, protegidos por grades. Eles disseram que Victor não estava e que o caso já era investigado pela polícia.
“Viemos defender ele. Aqui é Divinéia. Aqui é unido ainda”, disse um dos moradores, nas filmagens obtidas pelo Metrópoles.
Exaltados, os homens queriam falar pessoalmente com Victor de Sales. “A delegacia não vai resolver não. Nós vamos conversar com ele depois”, disse um dos homens. “Covarde do c*ralho”, bradou outro.
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