CLDF aprova projeto que obriga que profissional de saúde mulher acompanhe sedações
Após casos de abusos de pacientes sedadas, deputados aprovaram projeto que garante que profissionais da saúde mulheres acompanhem pacientes
atualizado
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A Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou um projeto que obriga o acompanhamento de profissionais de saúde mulheres durante procedimentos médicos que envolvam sedação. O texto é de 2022, quando um anestesista foi filmado estuprando uma grávida que estava na sala de parto, no Rio de Janeiro. Aprovado pelos parlamentares nesta terça-feira (21/3), o projeto vai à sanção do governador Ibaneis Rocha (MDB).
A proposição, do deputado Robério Negreiros (PSD), estabelece que seja obrigatório o acompanhamento de uma profissional do sexo feminino durante quaisquer “exames ou procedimentos que utilizem de sedação”, ou anestesias que “induzam a inconsciência de paciente”.
Outro trecho do projeto de lei permite a presença de um acompanhante de escolha da mulher “em todos os exames mamários, genitais e retais, independente do sexo ou gênero da pessoa que realize o exame”. Caso não seja possível a permanência do acompanhante, o profissional de saúde responsável pelo tratamento vai precisar justificar o motivo por escrito.
“O objetivo da presença de um acompanhante, sejam eles profissionais da saúde ou não, é proteger tanto o profissional quanto o paciente de possíveis desconfianças ou abusos por quaisquer das partes, preservando a relação médico-paciente”, traz o texto do projeto.
Relembre
Em julho de 2022, foram divulgadas imagens feitas por funcionárias de um centro cirúrgico da Baixada Fluminense mostrando o momento em que um anestesista estuprava uma grávida na sala de parto.
Enfermeiras e técnicas de enfermagem da unidade pública de saúde teriam desconfiado do comportamento e da quantidade de sedativo que o médico deu para grávidas em duas outras cirurgias. Na terceira operação, ele foi flagrado enquanto a paciente estava dopada.
Nas imagens, é possível observar que Giovanni está posicionado do outro lado de um pano, que cobre a vítima dos ombros para cima. O médico coloca o pênis na boca da vítima e comete o estupro.