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Circus Maximus: ex-diretor do BRB e pai fazem delação premiada

Henrique Leite e Henrique Neto tiveram acordos de colaboração homologados pela 10ª Vara Federal de Brasília nesta quarta-feira

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Carro da polícia em frente a banco
1 de 1 Carro da polícia em frente a banco - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Réus no âmbito da Operação Circus Maximus, o empresário Henrique Domingues Neto e o ex-diretor da BRB Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (BRB/DTVM) Henrique Leite Domingues, pai e filho, respectivamente, fizeram delação premiada. Os acordos foram homologados pelo juiz titular da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira, nesta quarta-feira (12/06/2019).

Eles são suspeitos de integrar esquema de corrupção responsável por irregularidades praticadas no Banco de Brasília (BRB) envolvendo fundos de investimentos, com a atuação de agentes públicos, empresários e agentes financeiros autônomos.

Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), houve pagamento de propinas para investimentos em, pelo menos, dois empreendimentos: o FIP LSH (relacionando ao antigo Trump Hotel, na Barra da Tijuca) e o FII SIA (relacionado ao empreendimento Praça Capital, desenvolvido pela Odebrecht Realizações e pela Brasal Incorporações).

A apuração indica que Henrique Neto fazia o elo entre as empresas e o grupo BRB. Ele teria cobrado e recebido, em caixa 2 ou ocultamente, valores milionários de cada investimento de ações do SIA e LSH feito nos respectivos fundos administrados pela instituição financeira. Ele é sócio e gerente da corretora BI Asset Management (BIAM DTVM), onde o filho também trabalha.

A investigação aponta que, entre 2013 e 2016, Henrique Leite tinha duplo papel. Ele exercia a função primordial na autorização dos investimentos requeridos pelas empresas, na qualidade de diretor de Gestão de Terceiros da BRB/DTVM, com decisiva atuação em prol do Fundo SIA Corporate e LSH Hotéis. Ao mesmo tempo, atendia a pedidos do pai e ordens de Ricardo Leal, apontado na investigação como o chefe da organização criminosa.

Advogada dos Henriques, Tathiana de Carvalho Costa detalhou ao Metrópoles os motivos que levaram os alvos da Circus Maximus a procurarem o escritório a fim de fazerem a colaboração. “O pai, que tem uma condição frágil de saúde, e o filho, por razões de foro íntimo, foram ao escritório decididos a formar os acordos.”

Em 17 de maio, Henrique Neto, o pai, teve pedido deferido para converter em domiciliar a prisão preventiva. Segundo a defesa alegou à Justiça, ele é idoso, sofreu infarto e foi submetido a uma cirurgia cardíaca. O filho chegou a ser preso no âmbito da operação, mas foi solto posteriormente.

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