Ciganos enviaram ameaças de morte a filho de homem executado em feira do DF
Jovem apresentou na delegacia celular com diversas mensagens dos mandantes do crime, que estão foragidos
atualizado
Compartilhar notícia
O filho do homem de 54 anos assassinado na Feira do Produtor do Paranoá já vinha recebendo ameaças dos ciganos que foram os mentores do crime praticado nesse domingo (3/1). O jovem apresentou na delegacia o celular com diversas mensagens.
Entre as juras de morte proferidas estaria a necessidade de “resolver a situação” da vítima. Um valor seria pago e “um agrado” também faria parte das negociações.
Esta não foi a primeira morte encomendada pelos suspeitos. Conforme a apuração da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), os irmãos que ostentam os nomes falsos de Vanderlan e Marciel Gama Queiroz são responsáveis por chacinas em diversos estados do Brasil. Os massacres são resultado de um conflito entre duas famílias inimigas.
A dupla é foragida da Justiça. O confronto teria se intensificado quando o irmão de uma das partes foi assassinado na Bahia. Desde então, já morreram pelo menos cinco pessoas das duas famílias, em todo o país. Além do DF, os assassinatos foram registrados em São Paulo, Bahia e Goiás.
Feira do Produtor
Quatro pessoas foram baleadas e uma acabou morrendo, no Paranoá. O crime ocorreu na manhã desse domingo (3/1) em frente à rodoviária da região administrativa, próximo à Feira do Produtor.
Quatro autores em duas motos efetuaram os disparos a esmo, atingindo uma mulher que não estava envolvida nos conflitos. As outras três vítimas, porém, eram ciganas. Os atiradores empreenderam fuga em dois destinos diferentes: dois em direção à barragem e outros dois no sentido DF-250.
Até o momento, diz a polícia, as imagens não foram suficientes para identificar todos os autores nem as placas das motos. Uma testemunha foi ouvida e fez o reconhecimento fotográfico de um dos envolvidos nessas divergências. Ambas as famílias rivais se mudam com frequência de cidade.
Chacinas
Marciel e Vanderlan são apontados como mandantes do crime ocorrido no Paranoá, mas já eram investigados por outros homicídios. Os irmãos são suspeitos de terem matado cinco pessoas no Tocantins. Todos foram atacados na porta de casa, em Palmas, e morreram alvejados.
Iranildo Gama Queiroz, irmão de ambos, chegou a ser sequestrado na Bahia pelos primos. O resgate exigido foi de R$ 5 milhões, mas o pai da vítima conseguiu pagar apenas R$ 500 mil. Iranildo foi morto, esquartejado e teve sua cabeça enviada para o pai.
De acordo com a Polícia Civil de Goiás, “autores e vítima do crime ocorrido na Bahia fazem parte de uma família cigana cujos membros vêm se matando há gerações em diversos Estados da Federação, onde se enfrentam quando se encontram”.