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UnB se manifesta contra corte de gastos na área da ciência

Conselheiros que representam comunidade universitária emitiram nota de repúdio aos remanejamentos que afetam a pesquisa e o ensino

atualizado

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Corredor da UnB
1 de 1 Corredor da UnB - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Após reunião do Conselho Universitário da Universidade de Brasília (UnB), na sexta-feira (15/10), a instituição emitiu nota de repúdio em relação aos cortes de recursos submetidos pelo governo federal aos Ministérios da Ciência e Tecnologia (MCTI) e da Educação (MEC).

A universidade criticou ainda o sucateamento das agências de fomento ao ensino e à pesquisa como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

De acordo com a UnB, “as políticas governamentais de retiradas maciças de recursos financeiros afetam dramaticamente a infraestrutura de pesquisa, formada por laboratórios e espaços de realização de experimentos científicos em todas as áreas do conhecimento, e a formação de pessoas em níveis de graduação e pós-graduação, fundamentais para o desenvolvimento do país”.

A tesourada mais recente que afeta a comunidade científica ocorreu na quinta-feira passada (7/10), quando o governo aprovou no Congresso o remanejamento de cerca de R$ 600 milhões destinados à pesquisa para outras áreas. O corte foi criticado pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, que considerou a atitude uma “falta de consideração”.

Em sua nota, a UnB lembra que o descaso com o financiamento da ciência brasileira pode levar a uma fuga de cérebros do país e atrapalhar o desenvolvimento nacional.

“O Brasil precisa do trabalho de cientistas em todas as áreas, para responder aos grandes problemas nacionais e internacionais, como as mudanças climáticas, a produção de alimentos em larga escala sem degradação do meio-ambiente, as grandes migrações, os novos paradigmas do trabalho com a forte automatização advinda dos avanços das tecnologias de informação e comunicação, as doenças endêmicas e pandêmicas, a pobreza e a desnutrição em países periféricos, dentre tantos outros”, afirma o texto.

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