iPhone 11: veja tudo o que a Apple apresentou no evento de lançamento
Há duas evoluções nos modelos, mas a principal é o novo chip, que promete ser mais rápido e econômico em termos de consumo de bateria
atualizado
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Como já virou tradição no mundo da tecnologia, a Apple lança novos modelos de iPhone e leva os amantes da marca à loucura. As mais recentes novidades são os iPhones 11, 11 Pro e 11 Pro Max. Os preços são de US$ 700, US$ 1 mil e US$ 1,1 mil nos EUA – lá, as vendas começam no dia 20.
A Apple confirmou que os três aparelhos “chegam ao Brasil ainda neste ano”, sem data ou preço específico. Mas, ao contrário do que o mercado está acostumado a ver, os três modelos trazem inovações discretas e um posicionamento de marca que reflete os últimos meses da Apple.
Em termos de especificações, não há grandes novidades: o iPhone 11, mais barato, traz tela de 6,1 polegadas de LCD, de qualidade inferior às telas de OLED, presente nos modelos mais caros. O iPhone 11 Pro tem 5,8 polegadas de tela; já o iPhone 11 Pro Max tem 6,5 polegadas.
Mas há duas grandes evoluções nos últimos modelos da maçã. A principal delas é o processamento: o novo chip da empresa promete ser mais rápido que o dos rivais e, ao mesmo tempo, mais econômico em termos de consumo de bateria. “É uma questão tecnológica: se não há evolução de energia ou no tamanho da bateria, o smartphone precisa se tornar mais eficiente”, avalia Renato Franzin, professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).
É graças ao novo chip também que a Apple pode trazer novidades na área de processamento de imagens. É algo técnico, mas que pode resultar em fotografias mais bonitas. Há evolução também na câmera – os modelos Pro trazem três lentes diferentes, capaz de tirar fotos tanto com zoom quanto com grande amplitude de campo. Já o iPhone 11 tem duas lentes, mas os três aparelhos trazem ainda um modo de fotos noturno. “Não são coisas exatamente novas, já foram feitas por rivais como Samsung, Google e Huawei, mas a Apple traz isso tudo em uma experiência mais interessante”, afirma Pellanda, da PUC-RS.
As duas áreas são uns dos poucos campos em que a Apple pode inovar sozinha no smartphone, sem depender de uma cadeia de fornecedores – hoje, as telas de iPhone são feitas pela Samsung; já o sensor de imagem é da Sony. “A empresa busca se destacar onde tem o domínio da tecnologia dentro de casa”, diz o professor da PUC-RS. “O que se viu não foi nada revolucionário, mas mostra evolução.”
Mercado
A empresa liderada por Tim Cook tem vivido altos e baixos: em agosto de 2018, bateu US$ 1 trilhão em valor de mercado com as boas vendas do iPhone. No início deste ano, viu a festa virar ressaca quando os altos preços do aparelho no mercado internacional resultaram em baixas de vendas e queda das ações na Bolsa.
A primeira resposta a isso foi reduzir a dependência da empresa do iPhone, que chega a ter dois terços da receita da Apple, lançando novos serviços de vídeo e de jogos. A segunda resposta vem agora, com uma nova identidade de marca no iPhone 11.
“Antes, a Apple lançava um iPhone padrão e outro mais barato. Agora, é diferente: há um iPhone padrão, o 11, e outro para profissionais, com recursos avançados”, diz Eduardo Pellanda, professor da PUC-RS. “Além disso, há versões antigas de iPhone que agora custam US$ 450 nos EUA, o que é um preço bastante competitivo para muitos usuários, mesmo para um aparelho antigo.” (Com informações da Agência Estado)