Confira onde o Wi-Fi grátis funciona bem no centro de Brasília
A Rodoviária do Plano e a estação central do metrô ofereceram o melhor tráfego, ao contrário do Planetário e da Galeria dos Estados
atualizado
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Acessar o Sinal Livre, serviço gratuito de Wi-Fi do Governo do Distrito Federal (GDF), exige pontaria em alguns casos. Embora ampliado recentemente, com a possibilidade de os usuários pagarem contas de água e luz, acessar o Programa Nota Legal e o Portal do Voluntariado, o sinal e o serviço nem sempre estão disponíveis na área central de Brasília.
Testes feitos nesta terça-feira (14/2) pelo Metrópoles, entre as 12h e as 13h30, com três aparelhos (Sony Xperia Z3, iPhone 7 e Motorola X II Geração), deram resultados diferentes. A Rodoviária do Plano Piloto e a estação central do metrô, que fica dentro do terminal, ofereceram o melhor tráfego, enquanto no Planetário e na estação Galeria dos Estados, no começo da Asa Sul, as quedas de sinal foram constantes.
As páginas dos serviços disponibilizados pelo governo de Brasília (Nota Legal, Detran-DF e Portal do Voluntariado) levaram de quatro a 10 segundos para carregar nos três aparelhos. Redes sociais e outras páginas abertas no navegador funcionaram com facilidade. Uma vantagem para o usuário é não precisar se cadastrar e conectar automaticamente quando estiver próximo a qualquer um dos pontos de acesso.Remanejamento e ampliação
O DF tem 200 antenas de Wi-Fi grátis. Cada uma atinge um raio de até 300m. Disponível em sete pontos da cidade e quatro estações de metrô, o serviço de internet gratuito será ampliado em seis locais do Parque da Cidade Sarah Kubitschek, dois no Setor Hoteleiro Sul e três no Setor Hoteleiro Norte. “A implementação deve ocorrer entre 30 e 40 dias”, adianta o secretário-adjunto de Ciência e Tecnologia da Casa Civil, Marcelo Aguiar.
A demanda é maior na Rodoviária do Plano Piloto, onde o fluxo de usuários do Sinal Livre corresponde a 60% do total. “Em função do pouco uso no Estádio Mané Garrincha, vamos remanejar antenas. Temos 94 lá e boa parte vai ser deslocada para a Rodoviária para reforçar a demanda”, explica Marcelo Aguiar.
O alto número de antenas no estádio foi uma necessidade que veio com a Copa do Mundo de 2014 e, posteriormente, com os Jogos Olímpicos de 2016. Com a retirada de alguns equipamentos, a tendência é de que sinal dentro da arena, que já é ruim, fique ainda pior.
A Secretaria de Estado de Ciência Tecnologia e Inovação informa que a capacidade de tráfego chega a 100 Gigabytes, atendendo até um milhão de usuários por dia. A velocidade máxima atingida é de 128 kbps, diminuindo de acordo com a demanda.
Lançamento
Lançado em junho de 2014, o Sinal Livre exigia inicialmente o cadastro por parte dos usuários. Agora, basta acessar a lista de rede disponível com o nome “GDF Sin@l Livre”. Divulgado em 2013 pelo então governador Agnelo Queiroz (PT), o serviço custou R$ 26,7 milhões com a contratação de equipamentos, infraestrutura, manutenção, suporte e demais serviços.
A falta de comprovação de metas, de monitoramento e suporte, bem como a divulgação e o suposto superfaturamento na compra de equipamentos entraram na mira do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), que fez uma auditoria. O serviço chegou a ser interrompido e, agora, está de disponível para os usuários.
Confira os locais testados
Centro de Convenções
Não há problemas para conectar na entrada do Centro de Convenções. O sinal captado é bom e as páginas do governo carregaram com quatro a 10 segundos. O teste foi feito às 12h30 desta terça-feira (14). Na lateral e na parte de trás do centro, porém, não foi possível conseguir sinal. “Em dia de eventos cai muito o sinal. Durante o dia funciona bem, quando está tranquilo”, admite o comerciante José Carlos da Silva, 50, que trabalha em frente ao local.
Planetário de Brasília
É o local que apresentou a pior conexão. Em sua área externa, às margens do Eixo Monumental, mesmo na pavimentação próxima ao prédio, não foi possível acessar os serviços nem o Wi-Fi.
Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha
A conexão no estádio estava boa durante o teste, às 12h40. Na parada de ônibus próximo à arena, no Eixo Monumental, também funcionou.
Rodoviária do Plano Piloto
O sinal na plataforma inferior funcionou melhor, mesmo com o grande fluxo de circulação de pessoas, por volta das 13h. Próximo à entrada da estação de metrô e na plataforma superior, o Wi-Fi sumiu algumas vezes.
Estação central (metrô)
Dentro da estação central do metrô o sinal funciona normalmente. Os usuários, inclusive, se aglomeram próximo à entrada para utilizar o serviço. “No metrô é o melhor sinal, mas de manhã é bem ruim porque há muitas pessoas utilizando o serviço”, relata a estudante Isabela Albuquerque. “Já fiz trabalho da faculdade aqui e consegui assistir Netflix”, completa a irmã Giovana.
Estação Galeria dos estados (metrô)
Na parte superior da Galeria dos Estados, no ponto de ônibus, não há sinal, assim como na entrada próxima ao Setor Comercial Sul. Dentro do metrô, o sinal aparece à medida que o usuário se aproxima da área de embarque.