Aplicativo que compara preços de medicamentos chega a Brasília
Valores dos remédios chegam a 300% de diferença entre os estabelecimentos listados pelo app, que já está disponível para Android e IOS
atualizado
Compartilhar notícia
O Ipharma, aplicativo de delivery de medicamentos, chega ao Distrito Federal nesta segunda-feira (28/8). A plataforma exibe, baseada na geolocalização do usuário, os diferentes preços para o mesmo produto em diversas drogarias e farmácias. O objetivo é auxiliar o consumidor a comparar preços entre estabelecimentos de forma rápida e conseguir o melhor custo-benefício.
Podem ser adquiridos pelo Ipharma remédios sem retenção de receita, itens para bebês, produtos de higiene e beleza. O pagamento é feito em dinheiro, cartão de débito ou crédito e a entrega é de responsabilidade da loja escolhida no fechamento do pedido. A ideia do aplicativo é funcionar como uma ponte entre comércio e consumidores. A plataforma já está disponível gratuitamente para Android, IOS e pelo site.
Para o idealizador do aplicativo, Maycon Ferreira, a pesquisa de preço pode fazer a diferença no orçamento do mês. “Já encontramos medicamentos com diferença de até 300% no valor entre estabelecimentos e laboratórios. Principalmente se for um medicamento recorrente, pesquisar faz muita diferença”, enfatiza.
Ele conta que o Ipharma foi lançado em 2016 em Goiânia e surgiu a partir de uma necessidade pessoal. “Com duas crianças pequenas em casa, eu e minha mulher estávamos sempre tendo que lidar com questões de logística e tempo quando precisávamos de algo na farmácia. Percebi ali, então, um nicho que poderia facilitar a vida de um público muito expressivo”, afirma Maycon.
A fase agora é de expansão. No Distrito Federal, 25 lojas estão cadastradas e a previsão é chegar a 100 estabelecimentos até o fim de 2017. As operações no Rio de Janeiro devem começar ainda este ano e, em São Paulo, até março de 2018. Em Goiânia, são 10 mil downloads até o momento e a expectativa é de chegar, com o aumento da praça e investimento em marketing, a 50 mil downloads neste semestre.
O primeiro capital aplicado no negócio saiu do próprio bolso do criador da plataforma. “Foram R$ 50 mil para testar e desenvolver. Depois, recebemos um investimento anjo [ feito por pessoas físicas em empresas com alto potencial de crescimento] para começar a expandir”, completa Maycon. O aplicativo consegue monetizar ao cobrar uma taxa a cada transação efetivada dentro da plataforma e, agora, busca atrair novos usuários para o serviço.
No entanto, ele não é o primeiro app de delivery do setor. O Farmácia APP e o Multifarmas são exemplos de plataformas com propostas similares, mas que, de acordo com Maycon, ainda deixavam a desejar na capital goiana. “Não tinha nenhum concorrente nesse segmento e tudo que é novo gera a desconfiança se vai dar certo. Mas nós fomos escalando com resultados, e resultado é venda. Então, mais empresas quiseram estar no aplicativo”, lembra Maycon.