Ciclistas atropelados passeavam pela Asa Norte. Motorista fugiu do local
Ricardo Campelo Aragão, 58 anos, morreu no local do acidente. A amiga dele sobreviveu
atualizado
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A 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) investiga o atropelamento de dois ciclistas na 703 Norte, na noite desse sábado (10/10). Ricardo Campelo Aragão (foto de destaque), 58 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu. A mulher, de 55, que pedalava com ele no local, sofreu escoriações e passa bem. O motorista do veículo que provocou o acidente, segundo informações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), fugiu sem prestar socorro às vítimas.
A ocorrência foi registrada por volta das 22h. Ainda de acordo com a PCDF, um veículo bateu nas bicicletas jogando ambos os ciclistas ao chão.
Ao Metrópoles, a filha da mulher que ficou ferida, a artista Mariana Bittencourt, 28, contou que a mãe faz parte de um grupo de ciclistas e havia combinado o passeio com o amigo na noite desse sábado.
“Era uma das primeiras saídas dela neste período de quarentena. Eles subiram pela W3 para acessar a W5, que é uma via muito calma à noite. Já na altura da Igreja de Cristo, minha mãe relatou que surgiu um carro do nada e os acertou com muita força”, explicou Mariana, que preferiu preservar o nome da mãe.
A vítima não se lembra do que ocorreu porque desmaiou com o impacto da pancada. “Quando ela acordou já estava sendo socorrida e viu o amigo recebendo massagem dos bombeiros militares. Infelizmente, ele não resistiu. Ela está com muitos hematomas, mas fisicamente bem e triste”, acrescentou.
Testemunhas relataram à família das vítimas que o atropelador estava em um carro claro e em alta velocidade.
O coordenador-geral da ONG Rodas da Paz, Raphael Barros Dorneles, informou que conhece a família da vítima que sobreviveu ao acidente. “A informação que temos é que os ciclistas foram atropelados por um carro que estava trafegando a aproximadamente 100 km/h quando atingiu as bicicletas. Consideramos um absurdo uma velocidade dessas em uma via com limite de 50 km/h”, afirmou.
Ainda segundo Raphael, o motorista cometeu um crime. “A via deve ser estruturada para que os motoristas só andem na velocidade permitida. É bem possível que os pardais de segurança estejam desligados e não tenham flagrado essa ação. A vítima que sobreviveu não conseguiu anotar a placa”, relatou.
“Agora, estamos checando câmeras dos prédios nas redondezas para ver se alguma delas que filmava a rua conseguiu registrar o atropelamento e até mesmo para ajudar na investigação”, acrescentou.