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Chefe de facção alvo de operação matou policial federal em emboscada

Fortalecido após integrar e auxiliar PCC dentro da Papuda, detento se envolveu na morte do policial federal Lucas Caribé (foto), na BA

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1 de 1 foto-agente-da-PF-Lucas-Caribe-Monteiro-de-Almeida-morto-em-confronto - Foto: Reprodução

Jackson Antônio de Jesus Costa, um dos principais alvos da Operação Cravante, desencadeada nesta segunda-feira (21/10), participou da emboscada que culminou na morte do policial federal Lucas Caribé Monteiro de Almeida (foto em destaque), 43 anos. O agente foi assassinado em setembro de 2023, durante uma ação policial em Salvador (BA).

À época, os policiais que atuavam na força-tarefa, que recebeu o nome de Operação Fauda, teriam caído em uma emboscada, no bairro Valéria, onde mais de 40 criminosos fortemente armados participavam de um esquema montado na BR-528, conhecida como Estrada do Derba.

Lucas foi morto durante uma troca de tiros com criminosos em um matagal na área. Ele foi levado para o Hospital-Geral do Estado (HGE), mas morreu a caminho da unidade de saúde.

Outros dois policiais foram baleados: Vockton Carvalho, ferido no olho esquerdo, e Hosannah Caria Carneiro, atingido de raspão no lado esquerdo do rosto. Quatro suspeitos foram mortos.

A Operação Fauda, deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado na Bahia (Ficco-BA) e pela Secretaria da Segurança Pública do estado (SSP-BA), tinha objetivo de fechar o cerco contra uma organização criminosa ligada a tráfico de drogas e armas, homicídios e roubos na região.

Cerca de 100 policiais de unidades ordinárias e especializadas das forças de segurança federal e estadual participam da operação integrada, naquele mês. A ação resultou na apreensão de dois fuzis calibre 5,56, duas pistolas, carregadores, munição, rádio-comunicadores e roupas camufladas.

Influência no tráfico

Após ser preso no Complexo Penitenciário da Papuda, Jackson Antônio continuou a exercer influência no tráfico, coordenando as atividades do Bonde do Maluco (BDM) na Bahia.

Contudo, a posição dele no mundo do crime se fortaleceu após integrar e auxiliar o Primeiro Comando da Capital (PCC) dentro da penitenciária, com uso de conexões com advogados para manter o controle sobre as operações do tráfico.

Essa articulação permitiu que ele ampliasse a rede criminosa e conseguisse se comunicar com outros detentos, bem como gerenciar atividades ilícitas, mesmo atrás das grades.

O histórico de crimes de Jackson Antônio inclui acusações de venda de armas e envolvimento com organizações que exportam cocaína para a Europa e a África.

Ele tinha um mandado de prisão preventiva em aberto, emitido em maio de 2022, por tráfico de drogas. E a escalada da violência na Bahia, atribuída à guerra entre facções, intensificou os esforços das autoridades para neutralizar líderes do crime organizado, como Jackson Antônio.

Operação Cravante

Informações repassadas pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape) mencionam indícios de que diversas pessoas teriam se passado por um advogado, com anuência dele, para se comunicar com detentos do sistema prisional da capital do país.

O inquérito policial revela que ao menos cinco advogados e um estagiário de direito, alvos das ordens judiciais, revezaram-se no atendimento a demandas Jackson Antônio, atuando por fora do exercício profissional para promoção de uma organização criminosa.

O detento faria uso da rede criminosa tanto para própria comunicação quanto subsidiaria contato externo para outros presos, a fim de estender a influência do PCC e atrair novos faccionados.

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