No horóscopo chinês, 2017 é o ano do galo. O animal, no entanto, não trouxe tanta sorte para Hélio Ortiz. Ele foi preso em Brasília nesta segunda-feira (21/8) alvo da Operação Panoptes, que investiga fraudes em concursos públicos.
Ortiz coleciona adereços de galos em sua casa e vai além: promove rinhas entre os animais. Durante as investigações, os policiais da Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado (Deco) descobriram a paixão de Ortiz pelo bicho. Foi uma segunda linha de investigação, já que o principal fato apurado e alvo dos policiais eram as fraudes nos concursos.
O apego maior com a ave foi descoberto na chácara de Ortiz, no Park Way. No local, foram encontrados 200 animais, que eram utilizados em rinhas promovidas pelo acusado. “Ele tem uma fixação. Encontramos na casa (na QE 15 do Guará) dele várias coisas relacionadas a galos”, explica Brunno Ornelas, delegado da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco).
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Coletiva dos delegados da Deco sobre a Máfia dos Concursos em agosto deste ano
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Bruno Ortiz, filho de Helio, preso no dia 21 de agosto
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Operação para deter a Máfia dos Concursos
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Helio Ortiz é um velho conhecido da polícia. Ele foi preso em 2005 e em 2009
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Ortiz foi preso em casa, na QE 15 do Guará II
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Dez escrivães, 25 delegados e 150 agentes, incluindo grupo de operações especiais e helicóptero, participaram da operação
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Equipes da PCDF chegam ao Cebraspe/Cespe, onde foi cumprido mandado de busca e apreensão
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Movimento intenso no Cebraspe/Cespe
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São investigados concursos realizados nos últimos cinco anos
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No Senado, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que regulamenta a vaquejada, poderá ganhar um adendo e liberar também a rinha de galo. A disputa contraria a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou ilegal a prática da vaquejada por eventuais maus-tratos aos animais.