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Chão cede e deixa caixões expostos em cemitério no DF

Cratera se abriu nesse domingo (3/11), obrigando a administração a fazer reparos na unidade. Gestores suspeitam de ação proposital

atualizado

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Campo da Esperança Ltda./Divulgação
Imagem colorida de uma cova do cemitério Campo da Esperança na Asa Sul
1 de 1 Imagem colorida de uma cova do cemitério Campo da Esperança na Asa Sul - Foto: Campo da Esperança Ltda./Divulgação

Parte do chão do Campo da Esperança da Asa Sul cedeu na manhã desse domingo (3/11) e deixou túmulos abertos.

A cratera se abriu na área da Quadra 210-2, do Setor C. Apesar da abertura, ninguém ficou ferido e os caixões não foram danificados. Um dia antes, milhares de brasilienses visitaram o cemitério para prestar homenagem no Dia de Finados.

Na manhã desta segunda-feira (4/11), a Campo da Esperança Serviços Ltda., que cuida da unidade, reconstruiu o local com placas de concreto e revestimento de grama. A empresa também informou ao Metrópoles que inspecionou outras áreas para verificar se havia necessidade de mais reparos.

A administradora do cemitério declarou ainda que há suspeita de o incidente ser intencional. “A empresa está analisando as causas do incidente, mas, a princípio, suspeita ser resultado de ação de jardineiros autônomos insatisfeitos com a decisão do TJDFT sobre a ilegalidade da atuação deles nos cemitérios após ação movida pela concessionária. Nos últimos meses, esse grupo tem enviado vídeos e fotos para a imprensa com situações que eles mesmos provocam. Caso essa suspeita se confirme, eles serão denunciados às autoridades”, afirmou o órgão.

Segundo caso em 10 dias

É o segundo caso de surgimento de cratera na mesma unidade em 10 dias. Em 26 de outubro, a auxiliar de serviços gerais Priscila Souza do Nascimento, 35 anos, foi “engolida” por uma cova enquanto limpava o túmulo de parentes dela.

“Eu, minha sogra, meu esposo e um primo dele estávamos no cemitério para limpar o túmulo dos irmãos da minha sogra. Quando me afastei um pouco e passei perto de outro túmulo, o piso cedeu e eu caí”, declarou Priscila ao Metrópoles.

“Não me machuquei, mas estou toda dolorida e com ardência no corpo, pois fiz força no braço”, relatou Priscila na ocasião. “Mas o problema não foi só esse, né? Se fosse uma pessoa com mais idade ou uma criança pequena que tivesse caído ali, dificilmente conseguiria chamar alguém. Eu sou comprida e, por isso, consegui pedir ajuda. Se fosse outra pessoa, talvez não fosse ouvida”, pontuou.

10 feridos

Em 20 de janeiro deste ano, durante um enterro, 10 pessoas caíram em uma cova após a laje de duas sepulturas vizinhas ceder. O caso aconteceu na unidade de Taguatinga. Duas das vítimas chegaram a desmaiar; algumas tiveram crise nervosa e dores pelo corpo. O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) transportou os cidadãos para o Hospital Regional de Taguatinga e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ceilândia.

A Campo da Esperança Serviços Ltda., disse na ocasião que o local cedeu devido ao excesso de peso durante um sepultamento e que algumas pessoas caíram dentro do jazigo. Ainda, segundo a empresa, o enterro que estava ocorrendo no momento incidente precisou ser adiado para o dia seguinte.

 

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