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Chacina: promotor considera prematuro falar em participação de facções

Nesta 3ª feira, MPDFT apresentou denúncia contra cinco presos suspeitos de participar da chacina que matou 10 pessoas da mesma família

atualizado

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arte de vítimas da chacina do DF em fundo vermelho
1 de 1 arte de vítimas da chacina do DF em fundo vermelho - Foto: Arte/Metrópoles

Promotor de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Nathan da Silva Neto afirmou, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (2/2), ser “prematuro” considerar que houve participação de facções criminosas no caso da maior chacina registrada na capital do país.

“Neste momento, não convém trazer qualquer consideração sobre a participação de facções criminosas”, afirmou. O MPDFT apresentou denúncia contra cinco presos por suspeita de participação no crime, nesta manhã.

À Justiça, caberá aceitar — integral ou parcialmente — ou recusar a denúncia. O processo corre no Tribunal do Júri de Planaltina.

Durante a coletiva, o promotor comentou que o inquérito inclui depoimentos de 21 testemunhas. Nathan da Silva Neto acrescentou que os representantes do Ministério Público precisaram de uma força-tarefa para conseguir apresentar a denúncia dentro do prazo legal de cinco dias, a partir do recebimento do inquérito policial.

“Trata-se de um caso muito complexo, que demandou esforço articulado do MPDFT. Assim que recebemos o inquérito, nós nos reunimos, passamos a estabelecer contato com a delegacia e conseguimos cumprir o prazo legal”, disse.

Para o MPDFT, Gideon Batista de Menezes, Horácio Carlos Ferreira e Carlomam dos Santos Nogueira são os “cabeças” do crime que matou 10 pessoas da mesma família. Os três são denunciados por: corrupção de menores, extorsão mediante sequestro com resultado de morte, homicídio, ocultação e destruição de cadáver, constrangimento ilegal, roubo e associação criminosa.

Infográfico com fotos de vítimas da chacina no DF e suas relações familiares bem como com os assasinos - Metrópoles

Confira a acusação levantada contra cada suspeito:

Gideon Batista de Menezes, 55 anos — Homicídio triplamente qualificado, homicídio duplamente qualificado, ocultação e destruição de cadáver, corrupção de menores, sequestro e cárcere privado, extorsão mediante sequestro, constrangimento ilegal com uso de arma, associação criminosa e roubo.

Horácio Carlos Ferreira, 49 anos  Homicídio quadruplamente qualificado, homicídio triplamente qualificado, homicídio duplamente qualificado, ocultação e destruição de cadáver, corrupção de menores, extorsão mediante sequestro, sequestro e cárcere privado, constrangimento ilegal com uso de arma, associação criminosa, roubo e fraude processual.

Fabrício Silva Canhedo, 34 anos — Extorsão mediante sequestro, associação criminosa, roubo e fraude processual.

Carlomam dos Santos Nogueira, 26 anos — Homicídio quadruplamente qualificado, homicídio triplamente qualificado, extorsão mediante sequestro, corrupção de menor, ocultação e destruição de cadáver, sequestro e cárcere privado, ameaça com constrangimento ilegal com uso de arma e roubo. uso de arma, associação criminosa.

Carlos Henrique Alves, 27 anos — Homicídio duplamente qualificado e sequestro e cárcere privado.

Inquérito concluído: veja em detalhes a cronologia da maior chacina do DF

Durante as investigações, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu cinco suspeitos de participar do crime. A corporação apreendeu, ainda, um adolescente de 17 anos. No entanto, ele não é alvo da denúncia do MPDFT. Somadas, as penas podem chegar a 380 anos de prisão. Contudo, no Brasil, o prazo máximo para permanência na cadeia é de até 40 anos.

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