Chacina no DF: quarto suspeito atuava para o PCC dentro da Papuda
Em 2018, Carlomam dos Santos Nogueira foi um dos alvos de operação policial que investigava presos envolvidos com a facção PCC
atualizado
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Carlomam dos Santos Nogueira, 26 anos, identificado como o quarto suspeito de participar da chacina que envolve o desaparecimento de 10 pessoas de uma mesma família, é integrante da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) e foi alvo de operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) enquanto ficou preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em 2018.
À época, Carlomam era um dos 13 detentos investigados no âmbito da Operação Prólogo, que mirou presidiários conectados ao PCC, os quais tentavam desenvolver uma célula da organização criminosa na capital federal.
Veja imagens do suspeito:
Os investigadores descobriram que os presos se correspondiam com a hierarquia do PCC por meio de cartas que saíam dos estabelecimentos penitenciários levadas pelos visitantes. Além disso, advogados teriam colaborado para a suposta troca de mensagens.
Durante a operação, os policiais cumpriram 13 mandados de prisão preventiva, bem como 13 de busca e apreensão, em 11 celas de quatro unidades prisionais da Papuda.
Um dos bilhetes apreendidos pela PCDF, em 2018, mostrava que os presos tinham matrícula e eram apadrinhados por integrantes de hierarquia superior da organização.
Eles eram identificados por codinomes como “bunitão” e “diamante”. A mensagem também apontava o local de “batismo” dos novos integrantes do PCC no sistema prisional.
Chacina de família
Carlomam dos Santos Nogueira é considerado foragido e estaria envolvido na chacina da família. A Polícia Civil encontrou impressões digitais dele no cativeiro onde ficaram as vítimas e no carro de uma das pessoas assassinadas.
Confira cronologia dos fatos que envolvem o sumiço de 10 pessoas da mesma família
Na última semana, a polícia encontrou sete corpos; cinco deles eram dos desaparecidos. As vítimas são:
- Elizamar da Silva, 39;
- três filhos dela — os gêmeos Rafael e Rafaela da Silva, 6 anos, e Gabriel da Silva, 7; e
- Marcos Antônio Lopes de Oliveira, sogro da cabeleireira.
O corpo de Marcos Antônio estava desmembrado e enterrado em uma cova improvisada, no cativeiro onde os desaparecidos ficaram em cárcere.
Até o momento, três pessoas estão presas por suspeita de participação na chacina. Quem tiver informações sobre Carlomam pode entrar em contato com a Polícia Civil, pelo telefone 197.