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Chacina: Justiça mantém prisão dos criminosos acusados de matar 10 pessoas

Juiz destacou gravidade dos fatos criminosos da maior chacina do Distrito Federal. A prisão foi decretada visando resguardar a ordem pública

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Arte/Metrópoles
arte de vítimas da chacina do DF em fundo vermelho
1 de 1 arte de vítimas da chacina do DF em fundo vermelho - Foto: Arte/Metrópoles

Os cinco acusados da maior chacina do Distrito Federal continuarão presos. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) decidiu, nesta sexta-feira (5/5), manter a prisão do mentor Gideon Batista de Menezes e dos outros quatro envolvidos: Fabrício Silva, Horácio Carlos Ferreira, Carlomam dos Santos e Carlos Henrique Alves.

Na decisão, o Juiz Taciano Vogado destacou a gravidade dos fatos criminosos que mataram 10 pessoas. “A prisão foi decretada visando resguardar a ordem pública”. O magistrado ainda reforçou que não cabe outra medida que não seja a prisão.

Gideon foi apontado como o articulador do crime após os depoimentos de seus comparsas. O pescador está preso desde 17 de janeiro

Maior chacina do DF

Segundo a PCDF, Gideon Batista e Horácio Carlos, que eram funcionários de Marcos, queriam o terreno para vendê-lo em seguida. O plano, então, era assassinar toda a família para tomar posse do imóvel.

Os criminosos começaram a planejar a chacina em outubro. No dia 23 daquele mês, alugaram o cativeiro onde manteriam as vítimas. Em dezembro, a ex-mulher de Marcos Antônio, Cláudia Regina Marques de Oliveira, 55, vendeu uma casa por R$ 200 mil. Assim, o plano dos criminosos passou a envolver, também, o restante da família de Marcos.

Infográfico com fotos de vítimas da chacina no DF e suas relações familiares bem como com os assasinos - Metrópoles

Em 28 de dezembro, Marcos Antônio, a esposa dele, Renata Juliene Belchior, 52, e a filha do casal, Gabriela Belchior de Oliveira, 25, foram rendidos. O primeiro a ser morto foi Marcos Antônio, no mesmo dia, segundo a PCDF.

Penas

Ao todo, cinco pessoas estão presas por envolvimento na morte de 10 pessoas da mesma família. Os crimes pelos quais foram denunciados, de acordo com a participação de cada um, são:

  • Gideon Batista de Menezes: homicídio triplamente qualificado, homicídio duplamente qualificado, ocultação e destruição de cadáver, corrupção de menores, sequestro e cárcere privado, extorsão mediante sequestro, constrangimento ilegal com uso de arma, associação criminosa e roubo.
  • Horácio Carlos Ferreira Barbosa: homicídio quadruplamente qualificado, homicídio triplamente qualificado, homicídio duplamente qualificado, ocultação e destruição de cadáver, corrupção de menores, extorsão mediante sequestro, sequestro e cárcere privado, constrangimento ilegal com uso de arma, associação criminosa, roubo e fraude processual.
  • Carlomam dos Santos Nogueira: homicídio quadruplamente qualificado, homicídio triplamente qualificado, extorsão mediante sequestro, corrupção de menor, ocultação e destruição de cadáver, sequestro e cárcere privado, ameaça com constrangimento ilegal e uso de arma, roubo e associação criminosa.
  • Carlos Henrique Alves da Silva: homicídio duplamente qualificado, sequestro e cárcere privado.
  • Fabrício Silva Canhedo: extorsão mediante sequestro, associação criminosa, roubo e fraude processual.

Um adolescente de 17 anos foi apreendido por suspeita de participação no crime. No entanto, ele não é alvo da denúncia do MPDFT. Somadas, as penas dos cinco acusados podem chegar a 380 anos de prisão. Contudo, no Brasil, o prazo máximo para permanência na cadeia é de até 40 anos.

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