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“Cena que não quero recordar”, lamenta vizinho sobre execução de personal trainer

Alef Vogado foi assassinado com 9 tiros, em Ceilândia, na noite dessa 4ª feira. Polícia busca por suspeitos e investiga motivação do crime

atualizado

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Alef Vogado. Jovem deitado sem camisa com bebê no colo - Metrópoles
1 de 1 Alef Vogado. Jovem deitado sem camisa com bebê no colo - Metrópoles - Foto: Arquivo Pessoal

Vizinhos do personal trainer Alef Vogado (foto em destaque), 29 anos, executado com ao menos nove tiros na QNO 6 do Setor O, amanheceram nesta quinta-feira (17/8) incrédulos com a notícia da morte do jovem. A vítima assassinada na noite anterior.

Diversos moradores do Conjunto G, rua onde Alef morava e foi executado, relataram que não viam crimes na região há muitos anos. O som dos disparos de arma de fogo, por volta das 19h, assustou a vizinhança.

“Saí de casa para ir à padaria, por volta das 18h30. Passei em frente ao portão do Alef e não havia ninguém lá. Quando retornei, cerca de 10 minutos depois, o corpo [dele] estava caído. Fui um dos primeiros a vê-lo no chão: uma cena que não quero recordar nunca mais” comentou um vizinho, que preferiu não se identificar, por medo.

Amigo do personal trainer da época de escola, o eletricista Filipe da Silva Sousa, 31, esteve no endereço de Alef, nesta manhã, para saber notícias sobre a despedida do jovem.

“[É algo] difícil entender. Não há nada que nos faça acreditar nisso. Ele era um cara 100%. Família, amigo, solidário. Sabemos do caráter dele. Pelo perfil do Alef, não consigo opinar o que tenha motivado essa morte. É uma perda irreparável”, comentou Filip, que estudou com a vítima em 2007.

Jovem morava no Setor O, em Ceilândia
Jovem deixa filho e esposa
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Alef Vogado era personal trainer

Reprodução/Redes sociais
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Jovem morava no Setor O, em Ceilândia

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Jovem deixa filho e esposa

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Um vizinho que mora no conjunto há 48 anos, em frente à casa de Alef, disse estar bastante abalado. “Eu tinha contato com o Alef, a esposa dele e o filho do casal diariamente. Não é fácil. O Alef era diferenciado de verdade. Não há ninguém para falar mal dele. Aonde quer que você vá”, destacou.

Além disso, na academia de ginástica Nova Geração, onde o jovem trabalhou por mais de sete anos e a qual frequentava como aluno, colegas lamentaram o ocorrido.

“Ele entrou aqui como atendente, evoluiu para estagiário e, depois, foi professor. Também atuou como personal. Era uma pessoa profissional, querida por todos. Foi difícil receber a notícia e dormir essa noite. Estamos todos consternados”, desabafou o dono da academia e ex-chefe de Alef, Erivelton Bezerra Aguiar.

Até a mais recente atualização desta reportagem, a família da vítima ainda não tinha divulgado o horário nem o local do velório ou do sepultamento de Alef.

O crime

Alef estava em casa, segundo testemunhas, quando alguém o chamou ao portão do imóvel. Nesse momento, a esposa e o filho da vítima não estavam na residência.

Houve, então, uma conversa de, aproximadamente, 10 minutos. Na sequência, atiraram diversas vezes contra personal trainer. Os suspeitos fugiram em um Fiat Uno vermelho.

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) detalhou que o jovem levou tiros na cabeça, no rosto, no tórax e nas pernas. A Polícia Civil (PCDF) investiga o caso, por meio da 24ª Delegacia de Polícia (Ceilândia).

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