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“Cena de terror”, descrevem vizinhos de vítima de feminicídio no DF

Vizinhos ouviram muitos gritos no momento em que agressões à vítima começaram e relataram que ela ouvia música gospel antes de morrer

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Marcas de tiro em residência
1 de 1 Marcas de tiro em residência - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

O assassinato de Andreia Crispim de Lima Silva, 50 anos, pelo ex-companheiro da vítima Luis Carlos Ferreira de Vasconcelos, 35, aterrorizou moradores da vizinhança onde o crime aconteceu, no Setor Norte da Estrutural. O crime, cometido na noite dessa quinta-feira (24/8), foi o 25º feminicídio registrado em 2023 no Distrito Federal.

“Foi uma cena de filme de terror”, descreveu ao Metrópoles um vizinho sobre momentos do crime, que terminou com o feminicida morto após entrar em confronto com policiais militares. Antes, porém, ele confessou ter matado a ex.

Outra moradora da região comentou que a vítima demonstrava preocupação com o relacionamento. “Ela desabafou com a gente no dia [em que foi morta]. Disse que não aguentava mais. Estava com um semblante de pedido de socorro”, detalhou.

Com medo de eventuais represálias por parte de conhecidos do assassino, os vizinhos ouvidos pela reportagem pediram para ter a identidade preservada.

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Ex-companheiro da vítima, Luis Carlos Ferreira de Vasconcelos, 35 anos, matou Andreia na casa dela
Crime ocorreu no Setor Norte da Estrutural, próximo a um batalhão da PMDF
Vizinhos ouviram vítima gritar e acionaram os militares
Andreia e Luis Carlos trabalhavam com reciclagem
Esse foi o 25º caso de feminicídio registrado no Distrito Federal em 2023
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Um dos vizinhos de Andreia Crispim de Lima Silva, 50 anos, assassinada nessa quinta-feira (25/8), descreveu o crime como uma "cena de filme de terror"

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Ex-companheiro da vítima, Luis Carlos Ferreira de Vasconcelos, 35 anos, matou Andreia na casa dela

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Vizinhos ouviram vítima gritar e acionaram os militares

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Andreia e Luis Carlos trabalhavam com reciclagem

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Esse foi o 25º caso de feminicídio registrado no Distrito Federal em 2023

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Andreia e Luis Carlos trabalhavam com reciclagem. Evangélica, ela ouvia música gospel momentos antes de ser assassinada, segundo testemunhas. Em seguida, vizinhos escutaram uma discussão acalorada e gritos de socorro, no momento em que ela sofreu as primeiras agressões naquela noite.

As testemunhas acionaram o 15º Batalhão de Polícia Militar (BPM), localizado a cerca de 20 metros da casa da vítima. No entanto, as equipes não conseguiram chegar a tempo de impedir o assassinato.

Andreia havia registrado diversas queixas por agressões contra o ex. Na ocorrência mais recente, de fevereiro, a vítima contou à polícia que era “ameaçada 24 horas”.

Negociação

Depois de matar a ex, Luis Carlos ameaçou explodir a casa onde a vítima morava, mesmo local do crime. Apesar de separados, o criminoso costumava intimidar a vítima para dormir no imóvel.

Na presença dos PMs, o assassino acionou a válvula que liberava o gás de cozinha do imóvel e pegou um isqueiro. Os militares tentaram negociar a rendição do agressor, mas ele demonstrava agitação.

Luis Carlos confessou ter esfaqueado a esposa, e alguns policiais conseguiram ver Andreia deitada no chão, sem se mexer. Durante a negociação, o feminicida manteve uma faca e um isqueiro em mãos. Além disso, ameaçou matar o filho que teve com a vítima.

Ainda durante as negociações, Luis Carlos pediu para os militares ligarem para um pastor. Contudo, o telefonema não teria surtido efeitos, segundo a polícia, pois o assassino continuava alterado.

Investigação

Enquanto as conversas seguiam, o cheiro de gás de cozinha ficava mais forte. Os PMs usaram uma arma de choque para tentar conter o criminoso, mas o disparo não teria surtido efeito, pois Luis Carlos continuou de pé.

Na sequência, ele saiu de casa e tentou ferir os policiais, que reagiram e atiraram ao menos duas vezes, segundo a ocorrência do caso.

Acionado para acompanhar a ocorrência, o Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) constatou as mortes no local. Há suspeita de que Andreia tenha sido morta com uso de um objeto – possivelmente um martelo, apreendido próximo ao corpo.

Luis Carlos chegou a ser levado para o Hospital de Base (HBDF), mas não resistiu. Os militares não encontraram mais ninguém na casa de Andreia. A Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) 1, na Asa Sul, investigará o caso.

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