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Celina Leão determina reforma da cozinha do Hospital de Base do DF

Governadora em exercício do Distrito Federal adotou medida após visitar instalações do maior hospital público da capital do país, nessa 4ª

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Vistoria MPDFT cozinha Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF)
1 de 1 Vistoria MPDFT cozinha Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) - Foto: Reprodução

Após o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) identificar evidências de sabotagem na cozinha do Hospital de Base (HBDF), supostamente praticada por funcionários do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF), a governadora em exercício do DF, Celina Leão (PP), visitou as instalações da unidade de saúde, na manhã dessa quarta-feira (22/2).

A suspeita de prática de sabotagem na produção dos alimentos decorreu de vistoria do MPDFT à cozinha do HBDF, como revelado pelo Metrópoles. Depois do ocorrido, Celina Leão marcou uma reunião com representantes do Iges-DF e do MPDFT.

A governadora em exercício também fez visita ao local, conheceu de perto as condições do espaço e exigiu uma reforma imediata da estrutura da cozinha.

“Percebemos uma grave situação, mas que, felizmente, não compromete o fornecimento das refeições dos pacientes. Diante do quadro observado nas instalações, determinei o início imediato dos serviços de reforma”, enfatizou a atual chefe do Palácio do Buriti, após a visita.

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Para o MP, o episódio provavelmente visava criar uma situação degradante das condições do local
Em outro momento da vistoria, um homem que se identificou como membro do jurídico do Iges alegou que havia um enorme vazamento de gás de uma panela de pressão
A chefe da Nutrição do Iges também chamou a atenção de duas funcionárias pelo armazenamento incorreto de laticínios
O piso da cozinha industrial está em péssimas condições
O teto apresenta infiltrações
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Durante visita do MP, uma mulher que aparentava ser funcionária jogou um isopor com refeição no chão

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Para o MP, o episódio provavelmente visava criar uma situação degradante das condições do local

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Em outro momento da vistoria, um homem que se identificou como membro do jurídico do Iges alegou que havia um enorme vazamento de gás de uma panela de pressão

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A chefe da Nutrição do Iges também chamou a atenção de duas funcionárias pelo armazenamento incorreto de laticínios

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O piso da cozinha industrial está em péssimas condições

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O teto apresenta infiltrações

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O vestiário está em péssimas condições estruturais

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Com portas de armários danificadas

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E armários quebrados

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Portas dos boxes do banheiros estão quebradas

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Nas câmara frias, carnes ainda estavam armazenadas em caixas de papelão

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E alimentos enterais não estavam armazenados com a temperatura adequada

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O departamento de materiais de limpeza estava limpo e organizado

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Os locais de guarda de insumos estavam limpos e organizados

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O de descartáveis também apresentava-se em ordem

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Vistoria

A vistoria do MPDFT ocorreu em setembro de 2022, e o Metrópoles teve acesso ao relatório elaborado pela instituição. Nele, os peritos consideraram a situação encontrada como algo “grave”.

O hospital é um dos palcos da disputa que envolve um contrato milionário, firmado entre o Iges-DF e a empresa prestadora de serviços alimentícios Salutar (leia abaixo).

Necessidade de reforma

No relatório, o MPDFT destacou que a estrutura da cozinha industrial do Hospital de Base do Distrito Federal é antiga e precisa de várias intervenções.

No entanto, até então, as melhorias não ocorreram. As obras de reforma ficaram estimadas em R$ 2,5 milhões.

Confira os valores previstos:

A vistoria destacou, ainda, que o vestiário dos funcionários e o piso da cozinha estão em “péssimas condições” e que o teto apresenta “fortes sinais de infiltração”.

Nas câmaras frias, apesar de funcionarem em temperatura adequada, as equipes identificaram, durante a vistoria, carnes armazenadas em caixas de papelão, como entregues pelo fornecedor.

Além disso, alimentos de dietas enterais — para pacientes que precisam de alimentação líquida, por sonda nasal — estavam guardados em local sem controle de temperatura.

Os espaços de manutenção de insumos e descartáveis, porém, estavam limpos e organizados, assim como o interior das câmaras frias e o departamento de materiais de limpeza.

Disputa judicial

No ano passado, o Iges-DF chegou a rescindir o contrato com a Salutar, mas, cerca de um mês depois, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) determinou a retomada do acordo.

Depois de quase um mês da intervenção da Justiça, o MPDFT conduziu o firmamento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre as partes, mas atestou, meses depois, que o Iges-DF não teria cumprido as obrigações do acordo — celebrado em abril de 2021, por um valor aproximado de R$ 73 milhões e com prazo de 24 meses.

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