CEB tem prejuízo de R$ 96 milhões ao ano por conta de ligações clandestinas
Além de fiscalização própria, companhia firmou parceria com a PCDF e também conta com a atuação dos Bombeiros para evitar fraudes
atualizado
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A Companhia Energética de Brasília (CEB) divulgou no último final de semana que ligações clandestinas, popularmente conhecidas “gatos”, e fraudes custam à empresa mais R$ 96 milhões em prejuízo. De acordo com o último levantamento feito pela companhia, em 2019, há mais 62 mil irregularidades dessa natureza em todo o DF.
Além da verba que a empresa deixa de arrecadar por causa das fraudes, há ainda o investimento para manutenção das redes motivados pelas ligações clandestinas. “Se considerarmos o que deixamos de arrecadar e o prejuízo causado pela sobrecarga na rede, temos mais R$ 50 milhões gastos com manutenção por ano”, alerta o diretor de Atendimento ao Cliente e Tecnologia da Informação da CEB, Gustavo Alvares.
O furto de energia é identificado em praticamente todas as regiões administrativas, com maior ocorrência em São Sebastião, Taguatinga, Guará, Lago Sul, Gama, Brazlândia e Planaltina.
Combate e fiscalização
Para combater os gatos, a CEB assinou contrato de fiscalização com empresas terceirizadas e passou a atuar em campo, fazendo o levantamento de ligações clandestinas e fraudes em medidores de energia. Ao todo, 22 equipes fazem esse trabalho desde o segundo semestre de 2020.
Além da fiscalização própria, a empresa também firmou um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). A parceria tem por objetivo coibir crimes praticados contra a distribuidora de energia e reduzir os prejuízos e, para atingir este fim, a corporação vai intensificar as operações de investigação e demais ações de repressão a fraudes de medidores de consumo, acidentes de trânsito com postes e furtos de cabos e transformadores de energia – tais furtos causam, sozinhos, prejuízo de R$ 3 milhões à CEB.
Outro parceiro importante para a companhia é o Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF). Os militares atuam diretamente com ligações clandestinas em mau funcionamento, seja na prestação de socorros às vítimas ou no combate aos incêndios provocados pelos “gatos”, já que as investigações das causas também são de responsabilidade da corporação. De janeiro a junho, os Bombeiros foram acionados 75 vezes para verificar fenômenos elétricos que não causaram incêndios, e outras 1.215 vezes para combater incêndios em residências e estabelecimentos. (Com informações da Agência Brasília)