CEB e BNDES definem metas para concluir privatização em abril
O banco de desenvolvimento apresentou os parâmetros do Programa Nacional de Desestatização e começa um diagnóstico da estatal do DF
atualizado
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A primeira reunião entre a Companhia Energética de Brasília (CEB) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para tratar da privatização da companhia terminou com planos e metas traçados. Realizado nesta terça-feira (14/01/2020), o encontro durou o dia todo.
Durante a manhã, foi feito o alinhamento com a área técnica da estatal para definir um cronograma de ação que possibilite a conclusão do processo de privatização até abril deste ano, conforme pediu o governador Ibaneis Rocha (MDB).
À tarde, foram avaliados detalhes da CEB e foi explicada a metodologia adotada pelo banco de desenvolvimento, com parâmetros baseados no Programa Nacional de Desestatização.
Para esta quarta-feira (15/01/2020), está prevista nova reunião. Os coordenadores de diferentes áreas vão apresentar ao BNDES todas as informações a respeito da CEB. Os detalhes sobre pessoal, ações judiciais, satisfação do cliente, dívidas, entre outros itens, serão expostos para que haja transparência no processo.
Depois dessa fase, o BNDES vai visitar as estações da CEB, fazer vistorias técnicas e um diagnóstico profundo antes da desestatização. As informações serão a base para definir quanto vale a companhia. Dois consórcios farão a avaliação. Se o preço dos dois tiver uma diferença de até 20%, o melhor preço será usado. Se ultrapassar essa diferença, será pedida a opinião de um terceiro avaliador.
Demissões
Um Programa de Demissão Voluntária também é analisado pela CEB dentro do processo. Porém, não está no escopo dessas primeiras discussões. “É uma análise paralela que será feita. Temos que saber como será, ter um diagnóstico do quadro de empregados, quem desenvolve o que em cada área, ver o acordo com acionistas, prestação de contas. Não está na nossa agenda por enquanto”, afirmou o presidente da CEB, Edison Garcia.
A CEB firmou contrato com o BNDES em 2019, para que o banco coordene todas as etapas do processo de desestatização. Esse trabalho abrange, entre outras atividades, o planejamento preliminar para definição do escopo dos estudos e a contratação de consultores para execução dessas análises.
O banco também será responsável pelo gerenciamento dos consultores contratados, verificação de consistência e completude dos estudos realizados, reuniões e visitas técnicas para sanar eventuais dúvidas, além do apoio no processo licitatório em si, previsto para o primeiro semestre de 2020.
Seleção
O processo seletivo conduzido pelo BNDES foi dividido em dois itens e contou com a participação de 12 empresas, entre consultorias nacionais e multinacionais. Ao final do certame, realizado via pregão eletrônico, dois consórcios foram vencedores.
Um deles é o Consórcio BR/LMDM Power, formado pelas empresas BR Partners Assessoria Financeira LTDA e LMDM Consultoria LTDA. O grupo será responsável por realizar a avaliação econômico-financeira da CEB-DIS (distribuidora), para fins de determinação do preço mínimo da venda das ações ou outro critério de desestatização que venha a ser definido.
O consórcio Nova CEB – liderado pelo Banco Plural S.A e composto pela Sociedade de advogados Almeida, Rotemberg e Boscoli, e a consultoria Thymos Energia, Engenharia e Consultoria LTDA – ficarão responsáveis por realizar a avaliação econômico-financeira.
Ainda caberá à Nova CEB a análise em âmbito jurídico, contábil e técnico de aspectos que podem, de alguma forma, impactar o valor de alienação da empresa, como ocorrências de ordem fiscal, trabalhista, previdenciária, societária, civil, regulatória, ambiental e administrativa, litígios existentes e potenciais.
Esse consórcio também fará o levantamento da situação da titularidade e posse dos imóveis e equipamentos registrados no ativo imobilizado da CEB-DIS.