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CEB afirma que colabora com investigações de combate a fraudes

Em nota, a empresa ainda afirmou que tem adotado medidas como redução da inadimplência

atualizado

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operação ceb
1 de 1 operação ceb - Foto: Polícia Civil/Divulgação

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, até as 10h30 desta quinta-feira (31/10/2019), 18 acusados de desvios milionários na Companhia Energética de Brasília (CEB). Durante a Operação Apate, foi apreendido farto material e dinheiro. Na casa de um dos suspeitos, os investigadores encontraram R$ 30 mil escondidos atrás de geladeira. No total, eles acharam R$ 86 mil em espécie, cheques e notas promissórias nas residências dos investigados.

Há suspeitas ainda de fraude na Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb). Em crise financeira e com rombo bilionário nas contas, as duas empresas estão na lista de privatização do GDF. Em nota, a Companhia Energética de Brasília informou que está cooperando com o trabalho da PCDF e do MP, que tem por objetivo determinar a autoria e a materialidade dessas ações ilegais, e que aguarda o decorrer das investigações.

“Importante destacar que é compromisso da atual gestão defender os interesses da CEB na redução da inadimplência e no combate às perdas, seja por furto ou por fraude, que tanto lesam o consumidor, além de prejudicar a imagem da empresa e dos empregados que desempenham as suas atividades funcionais com honestidade e compromisso”, ressaltou a empresa.

A Companhia de Saneamento Ambiental do DF destacou, também por meio de nota, que, até o momento, não foi notificada sobre a operação e que não houve diligências nas dependências da empresa. Mas que também está à disposição para colaborar com as investigações.

Segundo as investigações, apenas com a transferência da titularidade do cliente inadimplente sem o necessário pagamento da dívida, o grupo causou prejuízo de aproximadamente R$ 20 milhões à CEB, em um período de quatro meses. Mas, segundo o coordenador da Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor), Leonardo de Castro, os desvios podem somar centenas de milhões de reais.

De acordo com o diretor da Divisão de Combate ao Crime Organizado (Draco), Adriano Valente, um dos investigados, preso durante a operação, afirmou que a fraude é praticada na empresa há pelo menos uma década. Os investigadores saíram às ruas para cumprir 19 mandados de prisão temporária e 24 de busca e apreensão.

Entre os presos, estão oito servidores da CEB, um ex- funcionário da empresa, cinco terceirizados e nove eletricistas autônomos.

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Segundo as investigações, que tiveram início há seis meses, o grupo composto por pelo menos seis núcleos criminosos faturava prestando serviços solicitados a um valor mais baixo como se fosse particular
Operação mira suspeitos de integrar uma organização criminosa voltada para diversos tipos de fraudes e desvios na Companhia Energética de Brasília (CEB)
A conduta fraudulenta, segundo os investigadores, favoreceu empresas de grande porte do Distrito Federal
Mais de 200 policiais saíram às ruas. A operação objetiva reprimir a atuação da organização e coletar mais provas dos crimes
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Os crimes investigados são: organização criminosa, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica e estelionato contra a administração pública

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Segundo as investigações, que tiveram início há seis meses, o grupo composto por pelo menos seis núcleos criminosos faturava prestando serviços solicitados a um valor mais baixo como se fosse particular

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Operação mira suspeitos de integrar uma organização criminosa voltada para diversos tipos de fraudes e desvios na Companhia Energética de Brasília (CEB)

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A conduta fraudulenta, segundo os investigadores, favoreceu empresas de grande porte do Distrito Federal

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Mais de 200 policiais saíram às ruas. A operação objetiva reprimir a atuação da organização e coletar mais provas dos crimes

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O promotor de Justiça do Gaeco Marcel Bernardes Marques disse que a investigação teve como origem a Operação Horus, na qual foram presos grileiros e policiais militares envolvidos no parcelamento irregular de terras públicas no Condomínio Sol Nascente, em Ceilândia. “Através das conversas que pegamos em um celular de um grileiro de terras, extraímos elementos contundentes para desvendar uma organização criminosa que está instalada a vários anos na CEB”, disse.

A operação foi deflagrada pela PCDF nesta quinta-feira (31/10/2019), com o apoio do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), a Operação Apate. Segundo as investigações, há indícios de que o grupo criminoso atua em diversas frentes, entre elas, na cobrança de propina para a religação do fornecimento de energia para os devedores; troca de titularidade das contas da CEB e da Caesb, além do cancelamento de dívidas, mediante pagamento de suborno.

Os alvos da operação deflagrada nesta quinta-feira (31/10/2019) são servidores e ex-funcionários da CEB, além de particulares. Entre os locais onde estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão, estão a sede da companhia energética e endereços de Águas Lindas e Novo Gama, ambos municípios goianos do Entorno do Distrito Federal.

De acordo com a PCDF, o grupo composto por pelo menos seis núcleos criminosos faturava também prestando serviços particulares a um valor mais baixo, apesar de formalmente executados pela CEB, e adulterando medidores de energia elétrica para cobrança de valores menores e fornecendo luz a áreas com obras embargadas, graças ao pagamento de propina.

Além disso, os acusados transferiam a titularidade do ponto de energia sem o necessário pagamento de dívida acumulada pelo cliente. O fornecimento, neste caso, era repassado ao nome de um terceiro. A conduta, segundo os investigadores, teria favorecido empresas de grande porte do Distrito Federal, o que explica, ao menos em parte, o inadimplemento de mais de R$ 600 milhões de devedores da empresa. O nome da operação vem da deusa grega Apate, que representa a fraude.

Mais de 200 policiais saíram às ruas. Na ação, a Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor) conta com o apoio da Divisão de Operações Aéreas (DOA), da Divisão de Capturas e Polícia Interestadual (DCPI) e do Instituto de Criminalística do Distrito Federal e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (Gaeco). A Polícia não vai divulgar os nomes dos suspeitos, pelo fato de se tratar de prisões temporárias.

 

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