Cavalo pintado por crianças levanta acusações de maus-tratos
Os responsáveis, da Sociedade Hípica de Brasília, terão de apresentar o plano pedagógico e serão ouvidos pelo Ibama durante a semana
atualizado
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O que era para ser uma atividade pedagógica em uma colônia de férias na Sociedade Hípica de Brasília acabou em polêmica nas redes sociais. Tudo começou quando crianças receberam tinta e foram estimuladas a pintar um cavalo (foto em destaque). Após denúncia o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) esteve no local na manhã deste domingo (22/7) e notificou os responsáveis.
A denúncia foi feita por Ana Paula Vasconcelos, membro da Comissão de Defesa dos Direitos dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF). Ela conta ter recebido a foto na sexta-feira (20) e, inicialmente, especulou se o caso teria ocorrido em Águas Lindas de Goiás. “Depois, confirmamos ter sido na hípica. Lá, eles disseram que se tratava de uma atividade lúdica, que o cavalo era um animal resgatado e era acompanhado por veterinários”, contou a advogada.
Os organizadores da colônia terão de apresentar o programa pedagógico que justificou a atividade, que será avaliado para uma posterior tomada de decisão sobre eventual autuação. Os responsáveis serão ouvidos durante a semana. O animal foi limpo no decorrer da abordagem dos fiscais.
Para a advogada, o animal não deveria ser tratado como um objeto. “Ele não é um quadro branco que você pode vir e pintar. Enquanto tentamos educar as crianças para que tenhamos uma sociedade mais consciente, que saibam respeitar todas as formas de vida, nos deparamos com uma coisa absurda dessas”, comentou.
O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) também esteve na Sociedade Hípica na manhã deste domingo (22), mas não notificou a empresa. Segundo o órgão, não foram identificados maus-tratos e o animal estava em boas condições.
Luisa Mell, famosa militante dos direitos dos animais, se pronunciou sobre o assunto nas redes sociais.
A reportagem tentou contato com a Sociedade Hípica de Brasília, mas não obteve resposta até a publicação.