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Casos de feminicídio no DF aumentaram 45,2% em 2021

Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgados nesta terça (28/6), o DF registrou 25 casos no ano passado

atualizado

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mulher tenta se proteger de homem agressor
1 de 1 mulher tenta se proteger de homem agressor - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O Distrito Federal registrou aumento de 45,2% no número de casos de feminicídio em 2021 no comparativo com o ano anterior. Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), nesta terça-feira (28/6), apontam 25 notificações do crime no ano passado e 17, em 2020.

No proporcional com as outras Unidades da Federação, a capital federal ocupa a liderança dos homicídios femininos classificados como feminicídios, com 58,1% dos casos.

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Até outubro de 2021, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) registrou 22 feminicídios
A quantidade de feminicídios subiu 70%
8 de janeiro – Isabel Ferreira Alves, 38. Ela foi morta a facadas pelo companheiro dentro da residência em que o casal morava, em Ceilândia
12 de janeiro – Marley de Barcelos Dias, 54. O ex-companheiro dela pulou o muro da casa e efetuou três disparos contra Marley. Ele fugiu e se matou depois
19 de janeiro – Letícia Santos de Souza, 22 anos. A jovem foi morta após o ex-namorado descobrir uma traição. Além dela, o homem com quem ela teve um relacionamento foi executado
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Até outubro de 2021, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) registrou 22 feminicídios

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A quantidade de feminicídios subiu 70%

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8 de janeiro – Isabel Ferreira Alves, 38. Ela foi morta a facadas pelo companheiro dentro da residência em que o casal morava, em Ceilândia

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12 de janeiro – Marley de Barcelos Dias, 54. O ex-companheiro dela pulou o muro da casa e efetuou três disparos contra Marley. Ele fugiu e se matou depois

Arquivo Pessoal
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19 de janeiro – Letícia Santos de Souza, 22 anos. A jovem foi morta após o ex-namorado descobrir uma traição. Além dela, o homem com quem ela teve um relacionamento foi executado

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31 de janeiro – Zenilda Alves de Sousa, 51. A mulher foi morta com 11 facadas pelo próprio sobrinho, dentro de casa

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13 de fevereiro – Rosileia Pereira Freitas, 36. Ela foi assassinada a facadas pelo ex-companheiro. Ele foi preso e condenado a 26 anos em regime fechado

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26 de março – Evelyne Ogawa, 38. A radialista manteve um relacionamento com Vinícius Fernando, o autor do crime, por mais de três anos. Ela foi morta enforcada com um fio elétrico

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9 de abril – Tatiane Pereira da Silva, 41. A mulher foi mordida e esfaqueada pelo marido. Ficou três dias internada, mas não resistiu aos ferimentos e morreu

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16 de abril – Gabriela Cardoso de Brito, 35. Ela conversava com uma vizinha quando o ex-companheiro chegou atirando contra as duas. A vítima foi atingida no rosto e no ombro

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24 de abril – Tatiele da Cruz Ferreira, 25. Morta em frente ao restaurante comunitário de Sobradinho II. Ela era ameaçada há um ano por ter testemunhado um homicídio. Deixou 4 filhos

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25 de abril – Karla Roberta Fernandes Pereira, 38. Foi encontrada degolada em um matagal de Santa Maria. O marido dela assumiu a autoria do crime e disse que a motivação foi ciúmes

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9 de maio – Larissa Pereira do Nascimento, 22. A mulher foi agredida por 2 horas, com a utilização de um taco de beisebol.

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22 de maio – Karla Pucci, 47. Assassinada pelo ex a pedradas dentro de uma funerária. O casal se conheceu seis meses antes do crime

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6 de junho – Leidenaura Moreira Rosa da Silva, 37. Morta pelo companheiro com uma facada no pescoço. Ele já tinha condenação anterior por tráfico de drogas

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8 de junho – Fernanda Landim, 33. Atingida a facadas pelo companheiro. O casal tinha uma filha de 3 anos, que ficou sob a guarda da avó materna

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17 de junho – Melissa Mazzarello de Carvalho Santos Gomes, 41. A psicóloga foi morta por ciúmes. O autor do crime tinha descoberto uma suposta traição e matou a mulher durante uma briga

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20 de junho – Thaís Campos, 27. A cirurgiã-dentista foi morta com tiros à queima-roupa pelo ex-companheiro. Os dois estavam separados há cerca de 5 meses e tinham uma filha

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3 de julho – Simone Xavier Nogueira, 41. Ela era violentada sexualmente pelo ex-marido, um conhecido traficante da Estrutural. Ele utilizou uma espingarda para cometer o crime

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A vítima, de 21 anos, tinha medidas protetivas de urgência contra o agressor. Ela teve ferimentos na barriga e na mão

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16 de outubro - Milena Cristina Gonçalves, 24. A estudante de direito foi morta por um homem que conheceu na noite anterior, após uma noite de “sexo violento”

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17 de outubro - Olivia Makoski, 47. A empresária foi assassinada pelo ex-marido, Francisco de Assis Guembitzchi. O autor se matou em seguida

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28/10 - Jaqueline Araújo da Silva, 38. A mulher foi morta a facadas por um guardador de carros não identificado

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31 de outubro - Ana Carolina de Lima Araújo, 21. A jovem foi encontrada morta em um motel com um tiro na cabeça

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29 de novembro - Giovanna Laura Santos Peters, 20 anos. Leandro de Araújo Marques, 22, degolou a namorada dentro de casa e escondeu o corpo com pedras

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6 de dezembro - Drielle Ribeiro da Silva, 34. Ela era vítima de perseguições pelo ex-companheiro. A mulher morreu com, pelo menos, 59 golpes de faca

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Para o especialista em segurança, Leonardo Sant’Anna, o aumento no número de casos de feminicídio é resultado de uma junção de fatores que foi aprofundado pela pandemia. “O agressor não tinha uma relação tão direta com a vítima, agora ele tá no ambiente interno. Essa aproximação [do agressor], mesmo depois de denúncias, ainda temos uma fiscalização ‘acanhada'”, avalia.

“A gente não percebe uma mudança das normas que tratam deste fenômeno. O uso de tecnologias, por questões burocráticas, demoram para chegar nas mãos de quem precisa. E nós vivemos uma sociedade machista, quando se fala de educação”, completa.

O que diz a SSP-DF

A reportagem do Metrópoles entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF) e a pasta informou que as forças de segurança do DF intensificaram não só o enfrentamento ao feminicídio, com a ampliação das forças no atendimento às mulheres, bem como o reforço nos mecanismos de proteção às vítimas de violência.

Ainda, que tais medidas resultaram em uma queda de 50% no número de feminicídios no comparativo dos primeiros cinco meses deste ano com o mesmo período do ano passado. Em 2021 foram 12 ocorrências desta natureza criminal contra seis neste ano. A SSP/DF também esclarece ainda que conta com o programa Mulher Mais Segura, programa que reúne medidas, iniciativas e ações de enfrentamento aos crimes de gênero.

Ligue 190 – Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF)

Uma viatura da Polícia Militar é enviada imediatamente até o local para o atendimento. Disponível 24h por dia, todos os dias. Ligação gratuita.

Ligue 197 – Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)

A Polícia Civil do Distrito Federal conta, ainda, com canais de denúncia nos quais são garantidos o sigilo.

Quatro meios para recebimento de denúncias são disponibilizados pela Polícia Civil (PCDF): o 197 Denúncia on-line, o telefone 197 Opção 0 (zero), o e-mail denuncia197@pcdf.df.gov.br e o WhatsApp (61) 98626-1197.

Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher

A Central de Atendimento à Mulher é um canal criado pela Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, que presta uma escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência.

O serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento. A denúncia pode ser feita de forma anônima

Delegacia Especial de Atendimento à Mulher – DEAM

Diante de qualquer situação que configure violência doméstica, a mulher deve registrar a ocorrência em uma delegacia de polícia, preferencialmente nas Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher – DEAM, que funciona 24 horas por dia, todos os dias.

Endereço: EQS 204/205, Asa Sul, Brasília-DF, CEP: 70234-400

Telefones: 3207-6172 / 3207-6195 / 98362-5673

E-mail: deam_sa@pcdf.df.gov.br

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