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Caso Pedrolina: laudo aponta “vestígios de conjunção carnal”

Será realizado confronto de material genético da assistente social e do assassino confesso para confirmar que a mulher foi estuprada

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1 de 1 vassalo-960×640 - Foto: Divulgação/PCDF

Ficou pronto nesta segunda-feira (16/09/2019) o laudo de exame de corpo de delito cadavérico da assistente social Pedrolina Silva, 50 anos, morta em um matagal às margens da L4 Sul, no dia 01/09/2019, por João Marcos Vassalo da Silva Pereira, 20. O documento aponta que a causa da morte foi asfixia por traumatismo cervical, esgorjamento, causado por um corte profundo na região do pescoço. Também foram detectados “vestígios de conjunção carnal compatível com a data do evento em apuração”.

Em depoimento, Vassalo confessou ter estuprado Pedrolina e a matado em seguida. Agora, será realizado o confronto de material genético da vítima e do autor para confirmar que a mulher foi violentada.

A execução de Pedrolina ocorreu no momento em que a cidade acompanhava, em choque, os desdobramentos do caso do maníaco Marinésio Olinto, 41 anos. Ele confessou ter matado duas mulheres e é suspeito de ser o autor de outros homicídios.

No caso da assistente social, após as investigações, policiais tiveram acesso a imagens de câmeras de segurança. Elas mostram um homem, às 9h43, correndo e subindo um barranco rumo ao ponto de ônibus onde Pedrolina estava. O criminoso a agarra e a imobiliza. Ela tenta resistir, mas é rendida. Na sequência, Vassalo a arrasta para um matagal.

O corpo da vítima foi encontrado de bruços, apenas de calcinha e com uma camiseta listrada manchada de sangue.

Veja vídeo do caso Pedrolina:

Outras vítimas

Após matar Pedrolina, Vassalo havia cometido quatro tentativas de estupro em sequência, com intervalos de poucas horas. Todas ocorreram no Lago Sul. Ele só cessou os abusos em série após ser preso, em flagrante, por policiais militares, depois de investir contra uma mulher em uma parada de ônibus. Investigadores da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) mapearam a cronologia dos cinco ataques.

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O cadáver estava em um matagal atrás do Centro Universitário Unieuro, na L4 Sul
Familiares esperam por mais informações
Polícia pede para os familiares se afastarem, para preservar o local do crime
Familiares no local do crime
Perícia da Polícia Civil chega ao local do crime
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Agentes da PCDF encontraram, na tarde de terça-feira (03/09/2019), o corpo de uma mulher identificada como Pedrolina Silva, 50 anos

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O cadáver estava em um matagal atrás do Centro Universitário Unieuro, na L4 Sul

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Familiares esperam por mais informações

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Polícia pede para os familiares se afastarem, para preservar o local do crime

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Familiares no local do crime

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Perícia da Polícia Civil chega ao local do crime

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Familiares e amigos da vítima aguardam a identificação do corpo

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Delegada Jane Klébia, da 6ª DP, consola os parentes da vítima

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Assassino arrasta a vítima por cerca de 800 metros

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A cunhada de Pedrolina procurou a 6ª DP para informar aos investigadores que havia conseguido rastrear o telefone da vítima

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O maníaco sempre manteve o modus operandi no momento de abordar as mulheres. De acordo com os investigadores, Vassalo atacou a primeira mulher ainda no dia 01/09/2019, data em que assassinou Pedrolina. A agente de portaria, de 38 anos, foi abordada em uma parada de ônibus na QI 27 do Lago Sul, por volta das 19h.

Ela voltava para casa quando o maníaco a segurou pelo braço e tentou arrastá-la, mas conseguiu se desvencilhar ao dizer que um segurança estaria ligando para a polícia de uma guarita próxima.

No dia 03/09/2019, a onda de crimes começou por volta de meio-dia, em um ponto de ônibus próximo ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). O agressor tentou abusar de uma adolescente de 16 anos, que aguardava o coletivo. De acordo com o depoimento dela, ele a agarrou à força.

Enquanto empregava violência física, Vassalo dizia que iria estuprá-la. “Ele falava palavras de baixo calão, pornográficas”, lembra a mãe da garota. Por sorte, o transporte que a menina aguardava chegou e o motorista do coletivo a ajudou a escapar das mãos do maníaco. “Ela disse que não quer mais tocar no assunto, nem aqui em casa. Estamos tentando seguir.”

Cerca de 40 minutos após tentar estuprar a adolescente, o suspeito abordou outra vítima. Desta vez, uma enfermeira de 32 anos, que também esperava o transporte coletivo em uma parada na QI 26, no Lago Sul.  A mulher contou à polícia que escapou por pouco do ataque. Ele a puxou por trás, agarrando a blusa e os cabelos, enquanto ela gritava por socorro. Segundos depois, o ônibus chegou e Vassalo acabou soltando a mulher.

Ela pensou, inicialmente, se tratar de um assalto. “Mas ele queria mesmo me encurralar na parada de ônibus. Então, eu fui mais rápida que ele, pela graça de Deus”, relembrou. “Teve um momento em que peguei meu celular e ele perguntou as horas e respondi: ‘São as mesmas que estão naquele relógio da avenida’. Então, ele tentou pegar minha mochila e eu dei um empurrão nele. Gritei e ele saiu correndo. Foi quando consegui correr e peguei o primeiro ônibus que vi. Nem sabia para onde estava indo, só entrei”, completou a enfermeira.

Já por volta de 13h, o criminoso atacou novamente, na mesma quadra. A vítima, de 20 anos, já foi ouvida pela PCDF. A jovem contou aos policiais que aguardava o ônibus quando avistou Vassalo saindo de um matagal, em frente à parada. Assustada, ela chegou a se levantar do banco, pois teve a impressão que Vassalo estava escondido para atacá-la. O suspeito se aproximou e passou a mão nas partes íntimas dela.

Por último, cerca de meia hora depois, ele seguiu para a QI 29. Naquela oportunidade, a vítima foi uma jovem de 18 anos. A estudante andava pela calçada, rumo a uma parada de ônibus, quando avistou o maníaco subindo em sua direção.

Ela conseguiu se livrar porque bateu nele com a tampa de uma caixa térmica. “Fui batendo e ele foi se distanciando. Chegou a colocar a mão para trás, como se fosse pegar alguma coisa, mas não tinha nada. Na hora que ele estava saindo, pegou no meu peito e correu”, contou a vítima ao Metrópoles.

No momento do crime, dois homens passavam em um carro, viram a cena e retornaram para ajudá-la. “Se eles não tivessem passado, poderia acontecer o pior comigo. Se eu não tivesse descido naquela hora, teria sido outra vítima e poderia não conseguir sobreviver”, lembra.

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