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Caso Marinésio: jovem reconhece carro vermelho, mas datas não batem

Adolescente contou que teria sido atacada pelo maníaco em abril deste ano. Mas atual dono do veículo disse que o comprou há dois anos

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Palio-vermelho
1 de 1 Palio-vermelho - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A adolescente de 17 anos que afirma ter sido vítima de Marinésio dos Santos Olinto, 41, confirmou, nesta quinta-feira (05/09/2019), na 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), que o Palio vermelho que pertenceu ao irmão do cozinheiro foi o veículo usado pelo maníaco para abordá-la no Paranoá. A jovem garante ter sido estuprada, agredida e xingada pelo cozinheiro em abril de 2019. A versão dela, entretanto, não bate com as informações prestadas pelo atual dono do automóvel, que assegura estar com o veículo há quase dois anos.

O Palio Weekend, ano de 2001, atualmente pertence ao auxiliar de serviços gerais Ademar Paulino de Araujo, 42. Ele é o terceiro dono, depois do irmão de Marinésio, e também esteve na 6ª DP, nesta quinta (05/09/2019), para que a adolescente e outra possível vítima, de 43 anos, fizessem o reconhecimento do automóvel. As duas serão levadas depois ao Departamento de Polícia Especializada (DPE) para fazer o reconhecimento facial do agressor, que está preso na carceragem.

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Veículo que teria sido usado em um dos crimes
Um dos automóveis usado em um dos crimes
Vítima de 17 anos reconheceu carro vermelho utilizado no estupro
Gilvânia está desaparecida desde o fim de 2018 e família acredita que caso tenha a ver com Marinésio
Mulher diz ter sido vítima de Marinésio
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Vítima de 17 anos reconheceu carro vermelho como sendo o usado no crime

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Veículo que teria sido usado em um dos crimes

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Um dos automóveis usado em um dos crimes

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Vítima de 17 anos reconheceu carro vermelho utilizado no estupro

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Gilvânia está desaparecida desde o fim de 2018 e família acredita que caso tenha a ver com Marinésio

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Mulher diz ter sido vítima de Marinésio

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Marinésio é assassino confesso de duas mulheres

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Marinésio é acusado de vários crimes

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Na primeira condenação, o acusado pegou oito anos

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Blazer prata também é apontada por vítimas de Marinésio

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Objetos de Letícia foram encontrados no carro do suspeito

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Relógio de Letícia localizado no veículo do suspeito

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Segundo o atual proprietário, ele tem o carro há quase dois anos e diz que só quem o utiliza é sua esposa. “Ligaram para mim, foram lá em casa e pediram para trazer aqui para reconhecer. Nem sabia qual era esse caso”, afirmou. “Só eu que uso, ele nem sabe dirigir. Não somos de emprestar para ninguém”, disse a mulher. A Polícia Civil ainda não se manifestou sobre o desencontro de informações.

A jovem afirma ter sido estuprada, abandonada e chamada de “lixo”. Segundo contou, também foi abordada pelo cozinheiro em uma parada de ônibus. Para que entrasse no carro, o maníaco a teria ameaçado de morte com uma faca. A vítima foi levada à região dos pinheirais, no Paranoá, onde teria sido abusada pelo suspeito.

Após o reconhecimento, a adolescente reafirmou que o veículo que estava na delegacia foi o mesmo utilizado por Marinésio. “Eu vi o sofá estampado. É esse”, afirmou. “Ela reconheceu o carro na hora que chegamos aqui. Ela virou para o lado e falou: ‘É aquele ali'”, disse a mãe, de 42 anos. “Minha filha está o dia todo tendo crise, sem comer, passou a noite sem dormir”, completou.

A adolescente foi a primeira a denunciar que Marinésio usava carro diferente da Blazer prata apreendida, usada para abordar Letícia Sousa Curado, 26, e Genir Pereira de Sousa, 47. O maníaco confessou ter matado as duas, mas negou que tenha atacado outras mulheres.

O carro era do irmão de Marinésio, que o vendeu para um morador do Café Sem Troco, no Paranoá. A confirmação de que o cozinheiro Marinésio usava outros veículos para atacar mulheres fez aumentar o número de supostas vítimas dele. Em depoimento à PCDF, o irmão revelou que emprestava com frequência um Fiat Palio vermelho ao cozinheiro e pontuou ainda que o acusado também costumava dirigir um VW Gol preto.

Tentou suicídio

A outra mulher que foi reconhecer o carro é uma moradora do Paranoá de 43 anos, que pediu para não ter o nome divulgado. Ela chegou a tentar o suicídio duas vezes devido ao trauma causado pela violência sofrida: foi estuprada e espancada. A vítima parou de trabalhar e fez acompanhamento psiquiátrico. Hoje, tem depressão e síndrome do pânico.

O caso ocorreu em 2017. Naquele ano, Marinésio teria ameaçado a mulher de morte após ela tentar escapar do veículo do algoz. Aos investigadores, a vítima relatou que o maníaco estava em um carro vermelho – diferente da Blazer prata usada na morte de Letícia.

“Eu estava na parada quando ele encostou o carro vermelho, desceu, colocou uma faca no meu rosto e me mandou entrar, sem gritar. Fiquei apavorada e disse que, se ele quisesse minha bolsa, poderia levar. Mas implorei que não me matasse”, contou ao Metrópoles.

O suspeito dirigiu até uma área de mata onde fica um grande pinheiral na região administrativa. Foi quando, segundo a vítima relatou aos policias civis, ela teria sido violentada e agredida.

A mulher continua: “Ele pegou no meu pescoço e falou que se eu não ficasse quieta, ia morrer naquele momento. Mandou eu fazer o que ele queria, se não me mataria. Entre a minha vida e fazer o que ele queria fazer, preferi minha vida”. Marinésio fez mais ameaças: “Disse que ia matar porque eu tinha visto bem o rosto dele. Ele disse que quem via o rosto dele morria”, revela a denunciante.

Desesperada, ela conseguiu gritar e chamar a atenção de moradores das redondezas, que a socorreram. Marinésio, então, teria fugido.

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