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Caso Marcelo Bauer. Em 1987, Thaís Mendonça foi morta pelo namorado na UnB

Crime se assemelha ao de Louise Ribeiro. Bauer, entretanto, fugiu para fora do Brasil logo após assassinar a jovem e mesmo condenado, nunca cumpriu pena

atualizado

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caso marcelo bauer
1 de 1 caso marcelo bauer - Foto: Reprodução

A morte da estudante Louise Ribeiro na noite desta quinta-feira (10/3) traz de volta a lembrança de outro caso cruel, que chocou os brasilienses, de assassinato envolvendo uma aluna da Universidade de Brasília (UnB). Em 12 de julho de 1987, o corpo de Thaís Mendonça foi encontrado numa área de cerrado, próximo à 415 Norte, com cortes no pescoço, uma perfuração na cabeça e muito sangue no rosto.

Ela desapareceu dois dias antes, após sair da aula do curso de Letras. Thaís foi assassinada pelo namorado dela, o gaúcho Marcelo Duarte Bauer, condenado à revelia em 2012 a 18 anos de prisão.

Após sequestrar a jovem, Bauer a asfixiou com substância tóxica e depois desferiu 19 facadas no peito e no pescoço de Thais, na época com 19 anos de idade. Em seguida disparou um tiro de revólver em sua cabeça. Após o crime, Bauer abandonou o corpo num matagal.

Horas depois de matar a namorada, Marcelo fugiu do país e foi encontrado 13 anos depois, morando na Dinamarca. Na ocasião, ele chegou a ser preso pela Interpol, permanecendo detido por oito meses. O Ministério da Justiça pediu sua extradição que foi aceita pelo governo dinamarquês. Entretanto, a defesa de Bauer recorreu à Corte de Justiça de Aarhus e a extradição foi suspensa e o brasileiro foi liberado.

O governo brasileiro apelou para a Suprema Corte da Dinamarca e a extradição foi autorizada, porém Marcelo não se encontrava mais em solo dinamarquês. Neto de alemão, havia solicitado cidadania alemã e se refugiado naquele país. Na Alemanha, foi localizado novamente pela Interpol, contudo o pedido de extradição formulado pelo Brasil foi negado pelo governo alemão devido à cidadania concedida a Bauer.

Filho de um coronel que na época trabalhava no Serviço de Inteligência da Polícia Militar do DF. Segundo investigadores, ele teria planejado a fuga do filho com a ajuda de colegas de corporação e do Exército. Com a condenação, o crime de Bauer prescreve em 2029. (Com informações do Tribunal de Justiça do DF)

 

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