Caso Lázaro: MP de Goiás pede investigação de filho de chacareiro preso
Elmi Caetano foi denunciado por ajudar o maníaco durante a tentativa de fuga e porte ilegal de arma de fogo
atualizado
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O Ministério Público de Goiás (MPGO) abriu uma nova frente de investigação no caso do assassino em série Lázaro Barbosa, 32 anos. Além de denunciar o fazendeiro Elmi Caetano Evangelista, 73, por ajudar o maníaco e por porte ilegal de arma, o MP solicitou a abertura de investigação sobre o suposto envolvimento do filho do chacareiro no caso.
Segundo a Promotoria de Justiça de Cocalzinho de Goiás, existem suspeitas contra o filho do fazendeiro, identificado como Gabriel. Na avaliação da promotora Gabriela Starling Jorge Vieira de Mello, há indicativos de uma suposta participação no crime de favorecimento pessoal.
Segundo o MP-GO, Elmi Caetano teria cometido o crime de favorecimento pessoal por pelo menos cinco vezes e em “continuidade delitiva”, considerando a quantidade de dias, em momentos alternados, em que o denunciado deu guarida a Lázaro.
Pela avaliação do Ministério Público, entre os dias 18 e 24 de junho, o fazendeiro teria proporcionado proteção à Lázaro, fornecendo repouso, comida e esconderijo em sua fazenda, retardando e dificultando o trabalho da força-tarefa na captura do assassino amplamente procurado, por uma força-tarefa de 270 policiais.
A denúncia também destaca que o chacareiro teria uma arma de fogo com sinal de identificação adulterado. A espingarda de ar comprimido foi modificada mecanicamente para disparar munição de calibre .22, e, por tanto, sem numeração. A modificação é ilegal.
Na denuncia, a promotora descartou a eventual participação do caseiro Alain Reis de Santana. Para o MP-GO, ficou evidente que o funcionário não tinha tinha domínio, influência ou mesmo consciência clara da suposta atuação dolosa e espúria praticada pelo empregador.
Elmi Caetano foi preso na quinta-feira (24/6). Alain também foi detido, mas acabou solto no dia seguinte, após audiência de custódia. O MP de Goiás se manifestou pelo arquivamento do inquérito policial em relação a Alain. O funcionário teria contribuído com informações para o avanço das investigações e a elucidação dos fatos.
Lázaro foi capturado, mas morreu após confronto com a polícia, na segunda-feira (28/6). Porém, as autoridades continuam a investigar o caso.
Outro lado
O Metrópoles tentou contato com a defesa de Elmi Caetano Evangelista para comentar sobre a denúncia e o pedido de investigação contra o filho do chacareiro, mas não obteve sucesso. O espaço segue aberto para possíveis manifestações.
Em nota, a defesa de Alain, reforçou a inocência do caseiro. Para os advogados, a prisão foi “equivocada e injusta”.
Leia a nota:
“A defesa lamenta as imputações que foram desacertadamente atribuídas ao seu representado, notadamente o suposto envolvimento em crimes gravíssimos e de projeção nacional. Felizmente, a verdade tem sido progressivamente reestabelecida. Esperamos que doravante nosso cliente siga a vida em paz”
(Com informações do MPGO)