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Casamento em Brasília é cancelado após falso sequestro do noivo

Polícia de São Paulo investiga homem que se apresenta como advogado e embaixador da ONU para enganar mulheres

atualizado

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Um casamento que deveria ter sido realizado no último dia 9, no Santuário Dom Bosco, na Asa Sul, virou caso de polícia. A história está sendo investigada pelo 5º Distrito de São José do Rio Preto, em São Paulo. Dois dias antes de subir ao altar, uma médica de 44 anos recebeu mensagens dizendo que o noivo teria sido sequestrado. Uma foto mostrava o homem ajoelhado. “Vai cata O Q Sobra dele. Só quero o $$”, disse o algoz, ao pedir resgate.

A mulher, que mora no interior de São Paulo, correu para registrar ocorrência e solicitar ajuda da polícia. Mas, ao chegar ao local, descobriu que estava sendo vítima de um golpe ao dar o nome do noivo: Marcelo Henrique Morato Castilho, 34 anos.

O homem já estava sendo investigado por aplicar o mesmo golpe, do falso sequestro, em outra mulher, também em São Paulo. A unidade policial já apurava possíveis crimes de estelionato praticados pelo suspeito, que segue foragido. O nome de Castilho é verdadeiro. Porém, a polícia identificou que ele não é embaixador da ONU, como se apresentou para a noiva.

“Sabemos que ele é advogado, mas estamos em diligências para localizá-lo. Assim, ele poderá explicar o que aconteceu. Todos os inquéritos em que ele aparece como suposto autor são sigilosos e não podemos passar detalhes. Porém, consigo afirmar que estamos empenhados em colher provas das possíveis práticas criminosas e autuá-lo, se necessário”, disse o delegado José Luiz Barboza Júnior em entrevista ao Metrópoles.

De acordo com a polícia, Castilho tem outras cinco passagens registradas em sua ficha, desde apropriação indébita a estelionato, além de ações na Justiça também sob a acusação de enganar mulheres no estado.

Conforme reportagem da Folha de S. Paulo, uma psicóloga teria caído no mesmo golpe, em 2016. O casamento seria realizado, inicialmente, no Rio de Janeiro, mas acabou sendo transferido para para Mônaco, na Europa. Mas nunca se realizou, pois, supostamente, o noivo foi sequestrado.

A polícia conseguiu traçar o perfil de ação do suspeito. Com base nas diligências, em ambos os casos ele tenta impressionar as vítimas. Castilho leva as mulheres a lugares luxuosos e promete casamento em locais exuberantes, como hotéis de luxo e catedrais.

Além de se apresentar como uma pessoa culta e poliglota, o advogado também coleciona fotos de viagem pelo mundo. Passeios, geralmente, bancados pelas namoradas.

No caso da médica cujo casamento seria em Brasília, o prejuízo chegou a R$ 30 mil, incluindo todas as despesas da cerimônia e o dinheiro que teria emprestado ao noivo.

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