Casal do DF liderava quadrilha interestadual de roubo de cargas
Dois empresários de Goiás também foram presos por policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV)
atualizado
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Um casal, preso no Distrito Federal na quinta-feira (14/12), no âmbito da Operação Alto Luxo, é apontado como líder do grupo que cometia uma série de roubos a veículos de grande porte e cargas de alto valor. Os crimes eram praticados no DF, em Goiás, na Bahia e em São Paulo.
Francisco Silva Germano, 35 anos, conhecido como “Chico”, já tinha passagens por uso de documento falso. Segundo os investigadores, ele planejava as ações do grupo e fazia os contatos com os assaltantes, receptadores e fraudadores.
A companheira dele, Morenita de Souza Nunes, ou Mara, 45, tem passagem por estelionato. Ainda segundo a polícia, ela auxiliava o marido recebendo dinheiro dos produtos roubados, adquiria os bloqueadores de sinal e rastreadores dos caminhões.A mulher também mantinha contato com os outros integrantes do grupo para acertar os detalhes dos roubos. Além do casal, entre os 12 presos pela Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV), estão dois empresários de Goiás. A quadrilha, segundo a polícia, agia há pelo menos oito anos no Distrito Federal.
Diogo Miller Borges, conhecido como “Caldo de Batata”, 34, seria um dos responsáveis por comprar as mercadorias roubadas. Ele é proprietário do Mercado Pague Menos, localizado em Alvorada do Norte (GO), local em que há suspeitas de que as mercadorias roubadas são comercializadas.
Paulo Costa da Conceição, o “Costinha”, 45, o outro comerciante, não tinha antecedentes criminais. De acordo com a investigação, ele também adquiria os produtos roubados pela quadrilha. Costinha é dono do Mercado Central Atacado, em Alvorada do Norte (GO).
Quadrilha armada
Segundo os investigadores, os acusados rendiam os motoristas dos caminhões e os levavam para um carro que sempre acompanhava a quadrilha. O local preferido era a BR-020. A partir daí, um dos assaltantes assumia a direção do veículo roubado e seguia para uma chácara na DF-105, em Planaltina (DF).
As vítimas permaneciam em uma região isolada e com muito mato. Sempre acompanhadas de um dos bandidos. Elas só eram liberadas após a ocultação do veículo e das cargas transportadas.
A Polícia Civil apurou que o grupo vendia as mercadorias por um valor abaixo daquele declarado nas notas fiscais. Os compradores, geralmente, eram comparsas que já faziam parte do esquema como comerciantes ou intermediários responsáveis por negociar a carga roubada com empresários do Distrito Federal e de Goiás.