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Casal do barulho diz que vai resistir à decisão que manda desocupar mansão no Lago Sul: “Querem ganhar no grito”

Cristiane e Rodrigo receberam a equipe do Metrópoles no domicílio que se tornou alvo de disputa judicial. Os dois vão recorrer da sentença

atualizado

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Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
casal em frente a mansão e camaro
1 de 1 casal em frente a mansão e camaro - Foto: Gustavo Moreno/Especial Metrópoles

Apesar de decisão judicial ter determinado a reintegração de posse de mansão localizada na QL 18 do Lago Sul, em 15 dias, o casal que ocupa o imóvel promete resistir. Em entrevista exclusiva ao Metrópoles, concedida na casa alvo do imbróglio, Cristiane Machado e Rodrigo Damião disseram que não pretendem desocupar a residência facilmente. “Vamos recorrer, não vão ganhar no grito”, afirma Cristiane.

A suposta invasão da casa situada em área nobre de Brasília é objeto de ação no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) e de investigação pela Polícia Civil do DF (PCDF).

Em mais de uma hora de entrevista, a dupla apresentou argumentos para defender a tese de que a mansão foi alugada, e não invadida, como alega Ricardo Lima Rodrigues da Cunha, filho e único herdeiro do último proprietário do imóvel, o ex-presidente da Federação Hípica de Brasília Orlando Rodrigues da Cunha Filho, morto em 25 de março de 2014.

“Nós assinamos o contrato em cartório conforme manda o figurino”, assegurou Rodrigo. O casal conta que se interessou pelo imóvel por meio de anúncio disponível no site OLX. Pontua ainda que quem respondia pela locação do espaço era um homem chamado Leandro Farias.

“Depois da papelada assinada, ele me entregou um quadro com um monte de chaves, até tomei um susto”, diz Rodrigo, que nega ter trocado as fechaduras. Na condição de inquilinos, conforme contam, os atuais moradores acertaram o valor de R$ 6 mil mensais em um contrato de três anos.

No entanto, relatam que, devido ao estado de abandono da residência, teriam recebido um desconto, sem especificar o valor. Afirmam, ainda, que os acertos do aluguel foram feitos até recentemente.

De acordo com Rodrigo, as reformas para deixar o espaço habitável levaram cerca de 20 dias. “Levantamos o muro, tiramos um palmo de lama da piscina e cortamos a grama, que já tinha virado mato. Aqui encontramos até saruê”, assinala.

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Vinte dias depois, teriam limpado o espaço
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Segundo casal, eles teriam encontrado a piscina suja quando alugaram o imóvel

Arquivo Pessoal
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Vinte dias depois, teriam limpado o espaço

Arquivo Pessoal

Conta o casal que, em fevereiro deste ano, depois de já estabelecido, um homem bateu no portão e se apresentou como proprietário da mansão. Era Ricardo Lima Rodrigues da Cunha. Cristiane diz ter tentado explicar o processo de locação, mas, segundo ela, Ricardo encerrou o diálogo e saiu dizendo que resolveria o impasse na Justiça.

“Ligamos para o Leandro [o suposto corretor] e questionamos o que significava aquilo, mas ele disse que ia se acertar com o Ricardo”, ressalta Cristiane. “Não sabemos nem se esse Ricardo é mesmo o proprietário. Agora que fizemos uma boa reforma e melhoramos a casa, ele quer ganhar no grito.”

Rodrigo admite até aceitar um acordo para sair do local, desde que Ricardo faça o ressarcimento de todas as supostas benfeitorias na residência. “Se tivermos de sair, a gente até sai, mas o processo vai continuar, e ele vai ter de pagar não apenas pelas benfeitorias, mas pelo dano moral que causou a mim e a minha família”, frisa o atual morador.

Festas

No centro de um escândalo, o casal se diz vítima de uma situação mal explicada e pede compreensão. “Quando alugamos o lugar, foi tudo muito natural. Não digo nem que fui inocente, mas como você ocupa uma casa assim sem ninguém reclamar na hora?”, questiona Rodrigo.

Já em relação às denúncias de “gato” nas contas de água e luz, a dupla nega e diz que o problema ocorreu na época em que a casa era ocupada por integrantes dos Arautos do Evangelho, portanto antes da chegada deles ao local.

Os dois são extravagantes. Além de ostentarem fotos em carros luxuosos e em festas, criam um ganso no quintal da mansão. O casal reclama de que, após a disputa sair no noticiário, o corretor responsável pelo aluguel desapareceu. “Não nos atende mais.”

Sobre as queixas recorrentes de vizinhos incomodados com o barulho das festas de arromba que o casal promove, Cristiane e Rodrigo dizem ter feito somente um evento, durante o carnaval, e que o volume do som foi diminuído após a primeira reclamação.

Não é o que relatam os moradores da região. De acordo com a vizinhança, a movimentação e o barulho são constantes aos fins de semana.

Veja fotos dos moradores da mansão mais disputada do Lago Sul:

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A Justiça determinou a reintegração de posse do imóvel
O casal tem 15 dias para deixar o local
A dupla alega ser vítima de um mal-entendido
Rodrigo e Cristiane contam que alugaram a casa após virem um anúncio na OLX
Extravagante, o casal cria até um ganso no quintal da casa
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Cristiane e Rodrigo garantem que o processo de aluguel da mansão é legal

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A Justiça determinou a reintegração de posse do imóvel

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O casal tem 15 dias para deixar o local

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A dupla alega ser vítima de um mal-entendido

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Rodrigo e Cristiane contam que alugaram a casa após virem um anúncio na OLX

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Extravagante, o casal cria até um ganso no quintal da casa

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A dupla diz que o corretor responsável pela locação desapareceu

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Cristiane e o marido já foram repreendidos pelas constantes festas no espaço

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Eles disseram que não pretendem desocupar a residência facilmente

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"Vamos recorrer, não vão ganhar no grito", afirma Cristiane

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A casa tem piscina e uma grande área verde

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De acordo com Rodrigo, as reformas para deixar o espaço habitável levaram cerca de 20 dias

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“Levantamos o muro, tiramos um palmo de lama da piscina e cortamos a grama, que já tinha virado mato. Aqui encontramos até saruê", assinala

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O que diz o herdeiro da casa

O advogado Rodrigo Melo, que representa o herdeiro do imóvel, Ricardo Lima Rodrigues da Cunha, afirma que o casal teve, durante o trâmite da ação, quatro oportunidades para deixar a mansão amigavelmente. Acrescenta que foi oferecido o abatimento das benfeitorias que eles dizem ter feito, mas o acordo não teria sido aceito.

Ainda segundo Melo, os ocupantes da residência sequer conseguiram provar que pagaram aluguel para alguma imobiliária desde o dia em que passaram a ocupar o espaço. “Eles dizem que pagam em dinheiro para um sujeito que não tem ligação com a casa. Se eles sabem disso, basta sair”, afirma.

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