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Casal comemora 44 anos de casados em ala oncológica: “Firmes e fortes”

Maria Josefina e Gilmar Queiroz celebraram a união com pacientes e funcionários do Hospital de Base, onde ela faz tratamento contra o câncer

atualizado

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Foto de um casal de idosos se abraçando
1 de 1 Foto de um casal de idosos se abraçando - Foto: Divulgação

“A gente está na vida para comemorar mesmo. Tudo passa, então temos que celebrar”. É esse o lema que acompanha a pedagoga aposentada Maria Josefina Pinheiro, 64 anos. Em tratamento contra o câncer de ovário desde 2019, ela e o marido, Gilmar Queiroz, comemoraram os 44 anos de casados nesta sexta-feira (22/7) junto à equipe de oncologia clínica do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF).

Os dois celebraram a união em clima de alto astral e confraternizaram com pacientes e funcionários da ala de quimioterapia. A “festinha improvisada” contou até com bolo.

“Passamos por todos os problemas da vida e estamos juntos, firme e fortes. Ele é meu braço direito agora que estou impossibilitada de fazer algumas coisas”, declara Maria Josefina.

Ela conta que não deixa passar nenhuma comemoração em branco. Um ano antes de ser diagnosticada com câncer, no 40º aniversário de casamento do casal, Maria realizou uma festa com amigos e familiares. Mas com o início do tratamento, as comemorações tiveram que ficar restritas ao hospital, gerido pelo Instituto de Gestão Estratégica em Saúde (Iges-DF).

Foto de várias pessoas posando
Maria Josefina e Gilmar Queiroz celebraram 44 anos do casamento com pacientes e funcionários do Hospital de Base

Conviver com o câncer há 3 anos não tirou de Maria o encanto pela vida. “Encaro a doença como outra qualquer. Todos nós temos prazo de validade, temos que aprender a lidar com isso. O câncer não é uma sentença de morte. Eu vou vivendo minha vida normal e mantenho meu pé firme no chão para lutar”, aponta.

Paquera inusitada

A história de amor do casal nasceu em meio à morte: eles se encontraram pela primeira vez em um enterro em Belém. Na época, no ano de 1972, um grande acidente que matou 4 pessoas comoveu a cidade onde Maria nasceu. Como uma amiga dela era uma das vítimas, o funeral acabou sendo na casa dela.

“Gilmar subiu o muro para olhar os cadáveres lá na minha casa e foi assim que a gente se conheceu. Naquele tempo não tinha casa fúnebre, os enterros aconteciam em casa mesmo”, lembra.

No dia seguinte, ele passou de bicicleta pelo portão da residência dela e a convidou para dar uma volta. E depois de alguns passeios, visitas à igreja e encontros em quermesses, eles começaram a namorar, quando tinham apenas 14 anos de idade. Aos 20, se casaram, tiveram uma filha e construíram uma parceria, que hoje se fortalece tanto na saúde, quanto na doença.

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