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Casa que abriga mulheres trans e travestis em vulnerabilidade precisa de ajuda para se manter

O espaço acolhe pessoas que tiveram quebra de vínculo familiar por causa do preconceito

atualizado

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Giovanna Bembom/Metrópoles
Bandeira LGBT
1 de 1 Bandeira LGBT - Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles

A Casa das Travestis, que apoia a comunidade LGBTQIA+, em especial mulheres trans e travestis, precisa de ajuda para continuar aberta. O espaço acolhe pessoas que tiveram quebra de vínculo familiar após a transição e, por isso, estão em situação de vulnerabilidade, por não terem onde morar. A entidade organiza uma rifa para arrecadar fundos e manter o local funcionando.

Atualmente, duas pessoas moram na casa de apoio, mas o número varia semanalmente. “Somos três travestis, mas sempre vem mais gente para passar temporada:  uma, duas semanas. Às vezes, temos sete, 10 pessoas, simultaneamente dentro de um apartamento de dois quartos”, explica a organizadora do projeto, Isis Gabriela Silva, 25 anos.

O projeto de Isis é pessoal e não se trata de uma organização não governamental (ONG). Ela deixa claro que ajuda outras pessoas com doações de cestas e com o guarda-roupa trans. Não apenas com o acolhimento de moradia.

O espaço fica no Guará. A jovem estuda comunicação social na Universidade de Brasília (UnB) e usa o dinheiro do estágio para manter o projeto. “Uso meu salário do estágio, que é de R$ 1,2 mil, para manter a casa. Mas fica muito pesado, porque só o aluguel é R$ 1.150”, explica. A outra travesti não trabalha por falta de oportunidade no mercado de trabalho.

O objetivo da comunicadora é usar sua agência de comunicação, Las Monas, para manter a Casa das Travestis. A empresa é voltada à inclusão do público LGBTQIA+ no mercado de trabalho da comunicação e presta serviços de gerenciamento de mídia, marketing, design e produção de eventos.

 

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“A única coisa que a gente quer é dignidade, não precisar ter de recorrer à solidariedade porque estamos empregadas. Nós todas temos condições de trabalhar formalmente, mas muitas vezes as empresas nos negam espaço”, conta Isis.

“Dói não conseguir comprar um pão ou ter que escolher se almoça ou janta porque você não tem condições, toda vez é isso, e dói. A gente já ouviu que o problema é que não queremos trabalhar, já ouvi coisas do tipo: ‘por que vocês não se prostituem?’. Não queremos ser mais um corpo na prostituição. Por que esse é o único espaço que nos é oferecido? Eu sou capaz”, desabafa.

Como ajudar

Para participar da rifa, basta fazer um PIX para o número 61999733356, sobrenome Silva Souza. Depois de feita a transferência, envie o comprovante para Isis no telefone (61) 9693-1402.

No dia 22 de julho, será sorteado um quadro tamanho A3 em MDF personalizado com a imagem ou foto que o ganhador quiser e uma caixa de chocolates da Cacau Show.

 

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