Casa “mal-assombrada”: PCDF pede avaliação da Defesa Civil para seguir com escavação
Até o momento, os policiais não encontraram a laje que cobre os supostos corpos enterrados em um terreno na Estrutural
atualizado
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Para dar continuidade à escavação em busca de supostos corpos enterrados na casa de uma moradora da Estrutural, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) solicitou a avaliação de engenheiros da Defesa Civil na tarde desta quinta-feira (19/8).
Durante os trabalhos ao longo do dia, os agentes observaram a possibilidade de desabamento das paredes devido à irregularidade do terreno.
Até o momento, cerca de 1 metro foi escavado. A intenção dos policiais é que mais 1,5 m de terra seja retirada a fim de ser possível encontrar a laje que cobre os supostos cadáveres.
Mais cedo, uma moradora da região procurou a PCDF para denunciar que havia um corpo enterrado no local. Segundo a delegada Jane Klebia, da 8ª Delegacia de Polícia (SIA), a testemunha afirmou que o cadáver foi enterrado na área há quatro anos e que ela teria visto o momento em que a cova foi aberta no terreno, antes mesmo de a residência ter sido construída.
A PCDF chegou ao local pela manhã. Um buraco foi aberto na cozinha do imóvel onde vive, atualmente, uma advogada. Ela não quis falar com a reportagem. “Temos certeza de que os moradores atuais da residência não estão envolvidos em crime. Já compraram a casa com a história de mal-assombrada”, explicou a delegada.
A atual moradora alegou aos investigadores que costuma ouvir vozes no local e já presenciou fenômenos sobrenaturais na residência. “A família nos afirmou que costuma ver vultos, ouvir vozes, luzes queimam com frequência, talheres caem no chão durante a noite”, disse Jane.
Segundo a investigadora, a pessoa que fez a denúncia detalhou ter visto, há quatro anos, o momento em que a cova foi aberta. “A testemunha viu o buraco sendo cavado no meio da noite, e no dia seguinte foi coberto com cimento”, explicou Jane.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) também está no local com cães farejadores, que auxiliam nas buscas pela provável ossada. “Precisamos saber se existe mesmo uma pessoa enterrada ali. Se nós encontrarmos, iremos começar a investigação. Faremos um DNA e investigaremos pessoas desaparecidas nesse período”, disse a delegada.
Peritos criminais da Seção de Crimes Contra a Pessoa (SCPe), do Instituto de Criminalística (IC), também atuam no local. O trabalho de escavação deve terminar ainda nesta quinta.