Casa “mal-assombrada”: PCDF encontra calcinha soterrada e encerra escavações
A peça íntima será encaminhada ao Instituto de Pesquisa de DNA Forense (IPDNA) para possível coleta de material genético
atualizado
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Os investigadores da 8ª Delegacia de Polícia (SIA) encerram, nesta sexta-feira (20/8), as escavações que visavam localizar supostos corpos enterrados na casa de uma moradora na Cidade Estrutural. Durante os dois dias de procura, os policias chegaram até uma laje que, segundo testemunhas, cobriria os supostos restos mortais. No entanto, apenas uma peça íntima feminina foi localizada.
A calcinha será encaminhada ao Instituto de Pesquisa de DNA Forense (IPDNA) para possível coleta de material genético a ser armazenado para futuro confronto.
Cães do Corpo de Bombeiros foram acionados para exercícios de localização de prováveis cadáveres, mas não identificaram nada.
Entenda
A operação começou com a denúncia de uma moradora da região, que afirmou que um casal havia sido enterrado no local há quatro anos. Segundo a delegada responsável pelo caso, Jane Klebia, a testemunha informou ter visto a cova sendo aberta e sentido o mau cheiro do corpo.
“A testemunha não viu o corpo sendo sepultado, mas diz que o mau cheiro exalou por muitos dias e que foi feita uma espécie de aterramento com concreto por cima da cova. Então, todo mundo acredita que há alguém enterrado ali, após um crime de homicídio com ocultação de cadáver”, explica a delegada.
A PCDF parou as escavações após a Defesa Civil identificar risco de desabamento na residência. Segundo testemunhas, o corpo estaria enterrado sob uma viga entre a cozinha e o banheiro, o que impediu as equipes de seguir com o trabalho. Mexer na estrutura poderia provocar o desabamento do imóvel.
Os policiais apuraram que o terreno onde fica a residência foi comprado em dezembro de 2016. Antes, havia alguns barracos usados por criminosos ligados ao tráfico de drogas. Após a área ser comprada pelos atuais moradores, a casa foi construída sobre a laje que tampava o suposto túmulo.
“O pedreiro que construiu a casa afirmou que, realmente, havia uma laje aqui; por isso, não conseguiu passar um cano. Ele nos mostrou o local exato onde a laje estaria, e começamos a cavar no ponto indicado, mas a casa é absolutamente frágil. Então, mesmo acreditando que há um corpo, as condições são muito limitadoras”, finalizou a delegada.
Vozes e vultos
O corpo enterrado não é o único mistério que assombra os atuais moradores da casa. A família contou aos investigadores que costuma ver vultos e escutar vozes pela residência, além de presenciar fenômenos sobrenaturais.
“A família nos afirmou que costuma ver vultos, ouvir vozes, luzes queimam com frequência apenas na cozinha, talheres caem no chão durante a noite e são ouvidos barulhos como se pessoas andassem no telhado da casa”, disse Jane.
Segundo a delegada, os moradores não estão envolvidos nos supostos crimes de homicídio e ocultação de cadáver. “Temos certeza de que os moradores atuais da residência não estão envolvidos em crime. Já compraram a casa com a história de mal-assombrada”, ressaltou a delegada.