Carregados com Coronavac, caminhões serão escoltados pela PMDF a partir das 7h30 desta 3ª
Escolta sairá do SIA e passará por diversos hospitais espalhados pela capital do país
atualizado
Compartilhar notícia
Os lotes da Coronavac, vacina feita em parceria entre o Instituto Butantan, de São Paulo, e a farmacêutica chinesa Sinovac, serão transportadas aos hospitais do Distrito Federal sob forte esquema de segurança a partir das 7h30 desta terça-feira (19/1). Atualmente, há 105.960 doses em solo brasiliense.
Segundo a Polícia Militar (PMDF), responsável pela escolta, o Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran) fará sete rotas saindo do Núcleo de Rede de Frio da Secretaria de Saúde, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). Hospitais Regionais da Asa Norte, Núcleo Bandeirante, Taguatinga, Ceilândia, Região Leste, Gama, Sobradinho e Planaltina serão os destinos.
Nesta segunda (18/1), o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero disse que serão 15 viaturas da Secretaria de Saúde que terão escolta policial para a distribuição das doses. Outras duas equipes volantes vão visitar ambientes específicos, como de população indígena, além de idosos e pessoas com deficiência que estão acolhidas em asilos e abrigos de longa duração.
Já Anderson Torres, secretário de Segurança Pública, disse que a atuação da PM não ficará apenas para escolta e armazenamento. Também haverá acompanhamento durante todo o processo de vacinação.
Vacinação começa às 10h
A vacinação contra o novo coronavírus começa às 10h. O primeiro grupo de contemplados será composto pelos profissionais que atuam na linha de frente do combate ao coronavírus: não apenas servidores da saúde, mas também funcionários da limpeza e vigilantes, além de médicos, enfermeiros, técnicos e grupamentos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Além deles, nesse primeiro grupo há servidores da atenção básica, idosos com mais de 60 anos, acamados ou moradores de asilos. Nesta etapa inicial, está prevista a imunização de cerca de 51 mil pessoas.
Os profissionais que atuam na Saúde receberão a vacina nas unidades onde trabalham ou em unidades próximas. No caso de idosos que moram em locais de longa permanência, como asilos, a imunização ocorrerá nessas instituições.
Todas as pessoas que moram no Entorno, mas trabalham no Distrito Federal, serão atendidas pela rede pública local, enquanto as populações indígenas serão alcançadas pelas equipes volantes.
“O principal hospital é o Hran [Hospital Regional da Asa Norte]. Às 10h de terça, as primeiras doses começam a ser aplicadas. Serão médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, assim como servidores terceirizados” disse Osnei Okumoto. Até o dia 30, o país receberá mais 4 milhões de doses da vacina, o que vai assegurar a segunda fase da campanha.
Veja a expectativa de etapas de vacinação:
1ª – Profissionais que estão na linha de frente de combate à Covid-19, como médicos, enfermeiros, técnicos, vigilantes, responsáveis pela limpeza de hospitais e unidades de saúde, integrantes do Samu e do Corpo de Bombeiros, idosos em asilo e indígenas, além de profissionais de hospitais militares e privados. Esse grupo receberá duas doses da vacina que chegou nesta segunda;
2ª – Na segunda fase, pessoas com idade entre 60 e 74 anos receberão a vacina;
3ª – Pacientes com comorbidades, professores e profissionais das forças de segurança e salvamento.
Segunda dose
De acordo com Alexandre Garcia, secretário interino adjunto de Assistência à Saúde, “aplicaremos a primeira dose no decorrer desta semana, fazendo com que o retorno desse mesmo público para a segunda dose ocorra daqui a 14 dias”. “A gente não sabe quando o segundo lote chegará, por isso, achamos mais seguro guardarmos a metade para a segunda dose da vacina. Acredito que, em até duas semanas, a primeira dosagem esteja terminada, para darmos início à segunda dose”, explicou Garcia.
“Isso é só o início de um processo que se esperou muito tempo para começar. As pessoas que estão em casa precisam saber que serão imunizadas e receberão a vacina, no tempo certo, caso não se encaixem em grupos prioritários. Infelizmente, não é o número de vacinas que sonhamos”, destacou Garcia, reforçando que a ideia é acelerar a imunização.
“Se Deus quiser, este ano vacinamos todo mundo do DF”, completou, referindo-se aos cerca de 3 milhões de habitantes do DF e outros 1,5 milhão do Entorno.
Como o número de doses recebida é pequena, a vacinação será iniciada nos hospitais públicos, “em 15 ou 16 unidades de referência, para que essas pessoas do grupo prioritário procurem pelo imunizante”, informou Divino Valero, subsecretário de Vigilância à Saúde.
“Infelizmente, não conseguiremos vacinar todo o público que gostaríamos de imediato. Isso é o início de um processo. Amanhã [terça] teremos 15 viaturas para fazer a distribuição das doses. Vamos aguardar a nova remessa para darmos continuidade ao processo de vacinação”, reforçou Valero.