metropoles.com

Carregador responsável por choque que matou ex-aluno do Sigma era pirata

Conclusão do laudo pericial da PCTO também aponta para “má qualidade construtiva” do objeto, “não tendo qualquer tipo de proteção”

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Arquivo pessoal
Joao-Vitor-Remus-
1 de 1 Joao-Vitor-Remus- - Foto: Arquivo pessoal

O carregador que ocasionou na morte de João Vitor Remus, de 13 anos de idade, não tinha homologação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para comercialização. A conclusão é da Superintendência da Polícia Científica, braço especializado da Polícia Civil do Tocantins (PCTO).

O laudo também apontou a “má qualidade construtiva” do aparelho, deixando expostas as hastes de metal que levaram à descarga elétrica ao garoto.

O inquérito pediu a transferência da investigação para Brasília, e o Ministério Público do Tocantins deu parecer favorável.

4 imagens
Carregador que acarretou o acidente levando à morte João Vitor Remus
Jovem foi aluno do Sigma
OAB-DF lançou uma campanha para prevenção de choques elétricos
1 de 4

João Vitor Remus

Arquivo pessoal
2 de 4

Carregador que acarretou o acidente levando à morte João Vitor Remus

Reprodução/Redes sociais
3 de 4

Jovem foi aluno do Sigma

Reprodução
4 de 4

OAB-DF lançou uma campanha para prevenção de choques elétricos

OAB-DF/Divulgação

No mesmo documento ao qual o Metrópoles teve acesso, as autoridades concluíram que, uma vez expostas, as hastes “quando energizadas, são capazes de produzir choque elétrico na mesma tensão em que a mesma esteja energizada”.

Assim como em Brasília, a voltagem padrão de Palmas é 220V, e devido à fabricação do aparelho “não tendo qualquer tipo de proteção, são capazes de produzir curto-circuito, incêndio ou lesões”.

Tanto a manifestação do Ministério Público do Tocantins quanto o inquérito da Polícia Civil do estado apontam que a responsabilidade deve recair sobre quem vendeu o produto. E, então, aparece o nome de uma loja de Brasília.

“Consta na peça investigatória que, no início da pandemia, o senhor Andjei (tio de João Vítor) adquiriu um carregador de aparelho celular, da marca Inova, sem registro e selo de homologação da Anatel, no estabelecimento comercial denominado Selfie Mobile, localizado na rodoviária de Brasília, e o entregou ao seu irmão Frederico Remus, pai do menor João Vítor Domat Remus”, diz documento do MPTO.

A loja citada preferiu não comentar o caso para a reportagem, uma vez que não tem conhecimento do inquérito e ainda não foram notificados. Também optaram por não se pronunciar quanto à venda de aparelhos sem a certificação dos órgãos competentes. O espaço permanece aberto para manifestações.

Para Brasília

Diante do laudo pericial emitido pela PCTO, a 1ª Delegacia Especializada de Atendimento à Vulneráveis de Palmas solicitou que as investigações sejam transferidas para Brasília.

Isso se dá pois a loja na qual o objeto foi adquirido pelo tio da vítima fica na Rodoviária do Plano Piloto e “vender, ter em depósito para vender ou expor à venda mercadoria em condições impróprias ao consumo” caracteriza crime contra as relações de consumo, conforme o art. 7º, inciso IX da Lei nº 8.137/90.

Ao analisar o pedido no inquérito policial, o Ministério Público do Estado do Tocantins (MPTO) se manifestou favorável à transferência de investigação para o Distrito Federal. Para corroborar com o parecer, o órgão cita informativo do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que diz que “responsabilização criminal recai para a sociedade empresária responsável pela exposição à venda e comercialização do produto”.

Para casos dessa natureza, a previsão é detenção de 2 a 5 anos e multa.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?