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Carceragem da PF fica com lotação máxima após operação Panatenaico

A carceragem da superintendência da PF em Brasília tem apenas duas celas com capacidade para três pessoas em cada

atualizado

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1 de 1 pf - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Os delegados da Polícia Federal responsáveis pela operação Panatenaico, deflagrada nesta terça-feira (23/5), definiram onde os dez alvos que tiveram a prisão temporária decretada cumprirão a determinação judicial, já que a carceragem da superintendência da PF em Brasília tem apenas duas celas com capacidade para três pessoas em cada.

A primeira unidade será ocupada pelo ex-governador Agnelo Queiroz (PT), o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB), e o ex-secretário da Copa Cláudio Monteiro. Na segunda cela, ficarão o ex-governador José Roberto Arruda (PR), o dono da Via Engenharia Fernando Queiroz e Nilson Martorelli, ex-presidente da Novacap.

A ex-presidente da Terracap Maruska Lima de Souza Holanda e os supostos interlocutores da propina Jorge Luiz Salomão e Sérgio Lúcio Silva de Andrade serão hóspedes da carceragem da PF no Aeroporto Internacional de Brasília.

Os investigados ficarão cinco dias detidos por determinação da Justiça, prazo ampliado pelo mesmo número de dias. Ou podem permanecer por tempo maior, caso a prisão seja convertida em preventiva.

Desde as primeiras horas da manhã desta terça, a movimentação de advogados é intensa na Polícia Federal. Como os presos não têm a prerrogativa de foro, eles não ficam em celas separadas.

Velho conhecido
As dependências da Polícia Federal já são conhecidas pelo ex-governador José Roberto Arruda. Em 2010, ele ficou preso por dois meses em uma sala improvisada de 16,8 m² do Comando de Operações Táticas (COT), na superintendência da corporação. O ambiente tinha cama com colchão, mesa, cadeira, um sofá de três lugares, armário com duas portas, frigobar e ar-condicionado.

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Prisão do Arruda na PF em 2010

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Arruda foi acusado de oferecer R$ 200 mil para que o jornalista Edson Sombra prestasse depoimento em seu favor no inquérito 650 do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que investiga o Mensalão do DEM.

Operação
As prisões desta terça foram autorizadas pela 10ª Vara Federal, depois que investigações da PF identificaram fraudes e desvios de recursos públicos em obras de reforma do Estádio Nacional Mané Garrincha para a Copa do Mundo de 2014. Orçada em R$ 600 milhões, a arena brasiliense custou mais de R$ 1,6 bilhão.

A operação, batizada de Panatenaico, é decorrência das delações de ex-executivos da Andrade Gutierrez, que construiu a arena em consórcio com a Via Engenharia. A Justiça determinou a indisponibilidade de R$ 155 milhões de 13 envolvidos no esquema.

Os investigados, de acordo com a PF, cometeram crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa, corrupção ativa e passiva e fraude em licitação. O pedido de prisão temporária se justifica, segundo a corporação, para o recolhimento de mais provas que permitam o avanço da apuração.

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