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Crise hídrica: captação de água no Lago Paranoá é adiada para outubro

A água será captada no braço do Torto, no Lago Paranoá. A estrutura fica na ML 4, no Setor de Mansões do Lago Norte

atualizado

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1 de 1 gov - Foto: Tony Winston/Agência Brasília

As obras de captação de água no Lago Paranoá, previstas para serem concluídas em setembro, vão atrasar. O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) visitou a unidade da captação emergencial nesta quinta-feira (10/8) e anunciou que 74% do projeto está executado. O subsistema vai captar 700 litros por segundo e está sendo construído para ajudar o Distrito Federal a enfrentar a crise hídrica, já que os principais reservatórios da cidade, Descoberto e Santa Maria, estão com menos de 50% da capacidade.

“A nossa expectativa é que a operação comece em 2 de outubro. Temos outras obras importantes: o Bananal, com previsão de entrega também para outubro, e Corumbá, que junto a essas vai resolver por 30 anos a questão hídrica do DF”, disse Rollemberg.

O investimento ficou em R$ 42 milhões. O Ministério da Integração Nacional liberou R$ 55 milhões para as obras — o dinheiro restante volta para a pasta federal.

A água será captada no braço do Torto, no Lago Paranoá. A estrutura fica na ML 4, no Setor de Mansões do Lago Norte. Trata-se de uma estação compacta de tratamento de água, com membranas de ultrafiltração, uma das mais modernas tecnologias.

“Serão três meses de operação assistida, ou seja, em fase de testes por conta da empresa. Depois desse período, a Caesb ficará responsável“, explicou o presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), Maurício Luduvice. “No Bananal, como não tem estação de tratamento, seremos nós que atuaremos desde o início.”

Depois, a água vai para dois reservatórios: um no Lago Norte e um no Paranoá. Os locais abastecidos serão Asa Norte, Itapoã, Lago Norte, Paranoá, parte de Sobradinho II e Taquari. Atualmente, o fornecimento para essas regiões é feito pelo Sistema Produtor Santa Maria-Torto.

Bananal
Com entrega também prevista para outubro, as obras do Subsistema Produtor do Bananal estão 55% executadas. A elevatória 1 e a captação estão prontas. A elevatória 2 está em processo de finalização. Serão iniciadas a parte elétrica, a instalação de equipamentos e a automação

O Bananal significa um reforço de 726 litros por segundo para o Sistema de Produção Santa Maria-Torto. O investimento é de R$ 20 milhões, provenientes do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste, do Banco do Brasil.

Cerca de 170 mil pessoas serão beneficiadas com as intervenções, que incluem captação no Ribeirão Bananal e bombeamento para a Estação de Tratamento de Água de Brasília. Metade do reforço para o Santa Maria-Torto que será possível após o início da operação no Lago Norte e no Bananal vai para o Descoberto — algo em torno de 700 litros por segundo.

Para isso, o GDF começou as obras da nova interligação entre os Sistemas Produtores do Descoberto e Santa Maria-Torto. Atualmente, uma adutora da Caesb é capaz de levar água do Descoberto para Santa Maria. Com a adaptação na rede, será possível fazer o movimento inverso.

As intervenções tiveram início em 30 de julho, e a transferência de 250 litros por segundo já está em operação desde 4 de agosto, um dia antes da chegada dos equipamentos emprestados pelo governo de São Paulo para auxiliar no restante das obras.

Sistemas Produtores Corumbá 4 e Paranoá
As obras do Sistema Produtor Corumbá 4 estão com a parte civil 90% executada e a elétrica, 30%, no que compete ao DF, ou seja, a construção de 15,3 quilômetros da adutora e da estação de tratamento de Valparaíso, de onde a água será bombeada para o DF e para o Entorno.

Cerca de 1,3 milhão de pessoas serão beneficiadas. No DF, moradores do Gama, de Santa Maria e do Recanto das Emas serão atendidos pelo novo sistema. No estado vizinho, o público abastecido será da Cidade Ocidental, de Luziânia, do Novo Gama e de Valparaíso.

Em Goiás, as intervenções foram liberadas em 11 de maio, após ficar um tempo embargadas por suspeita de superfaturamento. Segundo a Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago), ainda falta, porém, repasse de recursos pelo Ministério das Cidades e pela Caixa Econômica Federal.

O fornecimento será de até 5,6 mil litros por segundo e vai ampliar em 70% a capacidade de abastecimento do DF, além de desafogar o Descoberto. O orçamento é de R$ 540 milhões, divididos de forma igualitária entre Distrito Federal e Goiás.

A Caesb tem também um projeto, já licitado, para captar, armazenar, tratar e distribuir água do Lago Paranoá de forma definitiva. As obras estão orçadas em R$ 480 milhões — o governo de Brasília negocia financiamento com a Caixa Econômica Federal.

O Sistema Produtor Paranoá vai atender 600 mil pessoas no Paranoá, no Lago Oeste, no Tororó, em Sobradinho e nos condomínios Jardim ABC, Jardim Botânico e Alphaville.

Outras obras
No fim de março deste ano, a Caesb reativou a captação no Rio Alagado, no Gama. São 20 litros por segundo, que beneficiam cerca de 16 mil pessoas na região. Foram recuperados 4 quilômetros de trechos da adutora e instalada uma válvula redutora de pressão. A água captada passa por um tratamento simplificado e é encaminhada para a própria rede de distribuição.

Também no Gama, cerca de 15 mil moradores são abastecidos pelo córrego Crispim desde novembro de 2016. São captados 40 litros por segundo desde a reativação de 3 quilômetros de adutora e a construção de mais 180 metros de redes. A água é tratada e encaminhada para o reservatório do Gama.

Nas proximidades do Jardim Botânico e no Lago Sul, a captação do Córrego Cabeça de Veado — que desemboca no Lago Paranoá e complementa o abastecimento nas duas regiões administrativas — foi aprimorada. Quatro bombas de captação foram revitalizadas. Isso possibilitou o aumento da vazão de captação no córrego de 110 litros para 150 litros por segundo.

Outra medida foi a ativação de um poço, em São Sebastião, com capacidade de produção de 10 litros de água por segundo. A estrutura beneficia aproximadamente 4 mil pessoas. (Com informações da Agência Brasília)

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