Cappelli rebate Moro e fala em tirar sabotador do país da vida pública
Ex-interventor responde Moro, dizendo que passo “à independência plena” será tirar da política quem sabotou o país e fez emergir o fascismo
atualizado
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Uma publicação de Sergio Moro (União) criticando o primeiro 7 de Setembro do atual governo Lula (PT) gerou críticas e fez com que o ex-interventor Ricardo Cappelli subisse o tom contra o senador. O parlamentar chamou o evento de “vazio, cheio de nada e sem povo na rua”, e Cappelli rebateu citando “sabotadores” da pátria que fizeram “emergir o fascismo”.
Moro escreveu que o 7 de Setembro tinha sido “reflexo do baixo nível de entusiasmo gerado pelo governo Lula na população brasileira”. “Serve para lembrar que precisamos retomar a luta vibrante, mas pacífica pela independência”, finalizou. Citando essa publicação, o ex-interventor na Segurança do DF, e hoje secretário executivo do Ministério da Justiça, criticou.
“Em breve, o Brasil pode dar mais um passo rumo à independência plena retirando da vida pública todos aqueles que sabotaram a pátria fazendo emergir o fascismo, destruindo empresas e milhares de empregos. A ‘Operação Condor II’ será desmascarada”, publicou Cappelli.
A operação citada pelo secretário teve início em 1975, quando ditaduras instaladas nos países do Cone Sul — Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai — se uniram “para a realização de atividades coordenadas, de forma clandestina e à margem da lei, com o objetivo de vigiar, sequestrar, torturar, assassinar e fazer desaparecer militantes políticos que faziam oposição, armada ou não, aos regimes militares da região”, segundo informações da Comissão Nacional da Verdade (CNV).
A fala de Cappelli surge após a anulação das provas da Lava Jato obtidas no acordo de leniência da Odebrecht, determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli. Na prática, pessoas e empresas envolvidas poderão ser absolvidas, agora que o ministro considerou as provas “imprestáveis”.
Ao embasar sua decisão, Toffoli estimou que as provas geradas no acordo de leniência impactaram “centenas de réus e pessoas jurídicas em ações penais” referentes à improbidade em âmbito eleitoral e civil, no país e no exterior.