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Cão bull-terrier ataca e estraçalha gato em condomínio do Jardim Botânico

Animal está internado e passará por cirurgia. O caso aconteceu no Estância Jardim Botânico II na terça-feira

atualizado

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Arquivo pessoal/Imagem cedida ao Metrópoles
Ataque Bull Terrier
1 de 1 Ataque Bull Terrier - Foto: Arquivo pessoal/Imagem cedida ao Metrópoles

Um cão da raça bull-terrier atacou um gato, na tarde dessa terça-feira (24/11), no Condomínio Estância Jardim Botânico II. O felino Zequinha foi arrastado pelo cachorro pela boca, ficou bastante ferido e com uma das patas estraçalhada. O animal está internado em uma clínica veterinária e passará por cirurgia.

Ao Metrópoles, a tutora do felino disse que vai denunciar o caso à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e teme o que pode acontecer caso outros ataques ocorram no local.

“Não é a primeira vez que esse cachorro fica solto no condomínio. Ele é uma ameaça para os moradores que andam com carrinhos de bebê, crianças e outros animais. Ele nunca está na guia ou com focinheira”, reclamou a aposentada Marli Lauriano, 50 anos, dona do gatinho.

Segundo Marli, ela mora no fim da mesma rua onde fica a casa onde moram os responsáveis pelo cão. Por volta das 16h30 dessa terça-feira, ela estava em casa quando ouviu a filha pedindo ajuda na garagem. Ao sair, Marli se deparou com a jovem em luta corporal com o cachorro. Zequinha entre os dentes dele.

“Quando cheguei à garagem, socorri a minha filha, porque ele (o cachorro) estava com o nosso gato na boca, querendo levar o Zequinha embora. Depois da luta corporal, a agente conseguiu fazer com que ele soltasse o gato”, detalhou.

Mãe e filha também ficaram feridas.  Imagens do circuito interno de vigilância da casa registraram a ação (foto em destaque).

Assista ao vídeo:

“Os donos não tem domínio sobre esse animal. Ele descobriu minha casa porque tenho cães e gatos. Como o meu portão é um pouco mais aberto, ele entrou. No condomínio, tem até criança que passeia com esse cachorro e não consegue segurar ele”, acrescentou Marli.

Veja as imagens registradas pelas câmeras, do cachorro, de Zequinha e dos ferimentos de Marli e da filha:
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Cirurgia

O felino foi levado para avaliação veterinária. Ele quebrou uma pata traseira, está com a dianteira estraçalhada e com manchas de sangue por todo o corpo. Ainda nesta quarta-feira (25/11), o animal fará um ultrassom para verificar os órgãos internos.

“Só a cirurgia da patinha está dando em torno de R$ 4 mil. Com os dias de internação, medicação e exames, estimamos que o débito deverá ser de, aproximadamente, R$ 10 mil. Não temos como arcar com a despesa, e vamos acionar os donos do cão para essa reparação”, pontuou Marli.

Ainda de acordo com a dona do gato, a moradora da casa e tutora do bull-terrier a xingou e disse que não pagaria nada. “Ela foi grossa e agressiva conosco e disse que não vai arcar com nada.”

Outras pessoas do condomínio testemunharam o episódio e também relataram que passaram por situações parecidas com o bull-terrier, tendo o denunciado à administração do condomínio.

“Os moradores estão com medo de encontrá-lo solto pela rua, e não estão mais saindo de casa. Vamos registrar o boletim de ocorrência na delegacia e processar os donos para que essa situação não continue desse jeito”, disse Marli.

O outro lado

Ao Metrópoles, o responsável pela cadela, Hamilton Costa Botelho, confirmou a briga entre os animais, mas disse que o animal dele também saiu ferido após a confusão. Ele classificou o caso como uma fatalidade e explicou que, após a cadela fugir da casa dele, dirigiu-se para o fim da rua e, na penúltima casa, fica a residência de Marli Lauriano, tutora do felino Zequinha, onde ela também cria cerca de mais 15 gatos.

“Ao se encontrarem gato e cadela, acabaram brigando, fato normal para animais dessas duas espécies. Sobre o vídeo divulgado, em perícia, observa-se que aos 23 segundos, há um ataque do gato à cadela, que ficou machucada na face, conforme foto. Como defesa, a cadela começou a atacar o gato, é bom esclarecer que a raça bull-terrier só ataca quando é atacada, e essa raça de cão é muito dócil”, disse.

Veja imagens da cachorra:

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Hamilton acrescentou que, em nenhum momento, a cadela invadiu a residência da moradora.

“Isso é uma mentira. A briga se deu no meio da rua. Também é mentira a informação de que não temos domínio sobre a cadela. A fuga foi uma fatalidade. Quem não tem domínio sobre seus animais é a dona Marli, pois seus gatos vivem soltos pelas ruas do condomínio, trazendo transtornos aos moradores. Outra mentira é de que todos no condomínio vivem com medo da cadela. No condomínio, não há temor de moradores quanto à convivência com a cadela que estou hospedando, temporariamente.”

O homem disse que a cachorra pertence ao filho dele, que está hospedado por uma temporada em sua casa. Esta reportagem foi atualizada em 7 de dezembro, com o posicionamento de Hamilton Botelho.

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